O cantor e compositor Lindomar Castilho morreu neste sábado (20/12), aos 85 anos. O artista, que era conhecido como o Rei do Bolero, emplacou sucessos como Você É Doida Demais e Eu Amo a Sua Mãe. A trajetória dele foi marcada pelo assassinato da ex-esposa, a cantora Eliane de Grammont, em 1981.
A notícia da morte foi compartilhada pela filha dele, Lili de Grammont, no Instagram. “Meu pai partiu! E como qualquer ser humano, ele é finito, ele é só mais um ser humano que se desviou com sua vaidade e narcisismo. E ao tirar a vida da minha mãe também morreu em vida. O homem que mata também morre. Morre o pai e nasce um assassino, morre uma família inteira”, escreveu ela.
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Lindomar Castilho ao lado da filha, Lili de Grammont
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Lindomar Castilho com a filha, Lili de Grammont, em foto antiga
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Lindomar Castilho morreu aos 85 anos
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Morre o cantor e compositor Lindomar Castilho, aos 85 anos
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Em longo texto, Lili também escreveu sobre perdão. “Se eu perdoei? Essa resposta não é simples como um sim ou não, ela envolve tudo e todas as camadas das dores e delícias de ser, um ser complexo e em evolução. Diante de tudo isso, desejo que a alma dele se cure, que sua masculinidade tóxica tenha sido transformada”.
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Quem era Lindomar Castilho
Lindomar Castilho nasceu em Rio Verde, no interior de Goiás, em 21 de janeiro de 1940. Antes da música, chegou a cursar Direito e trabalhou como escrivão de polícia. A virada de vida ocorreu no início dos anos 1960, quando foi descoberto pelo produtor Diogo Mulero.
Sob orientação dele, adotou o nome artístico Lindomar Castilho e lançou, em 1962, o primeiro LP, Canções que Não Se Esquecem, dedicado a clássicos do repertório de Vicente Celestino. Ao longo das décadas de 1960 e 1970, construiu uma das carreiras mais populares da música romântica brasileira. Tornou-se conhecido pela interpretação intensa de boleros, sambas-canção e baladas passionais.
Ele se casou em 1979 com a cantora Eliane de Grammont, com quem teve uma filha. O relacionamento foi marcado por episódios de agressividade. Após cerca de um ano, Eliane pediu o divórcio e retomou a carreira, passando a se apresentar em São Paulo ao lado do violonista Carlos Randall, primo de Lindomar.
Em 30 de março de 1981, Lindomar invadiu uma boate onde a ex-mulher se apresentava e atirou contra ela. Eliane de Grammont morreu após ser atingida por cinco disparos. Carlos Randall também ficou ferido. O cantor foi preso em flagrante e condenado, em 1984, a 12 anos e dois meses de prisão por homicídio.
Durante o período de prisão, Lindomar gravou o álbum Muralhas da Solidão, produzido dentro do presídio em Goiânia. Após deixar a cadeia, voltou aos estúdios a pedido da filha e lançou, em 2000, Lindomar Castilho ao Vivo, com releituras de antigos sucessos
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