A fertilidade feminina é diretamente impactada pelo estilo de vida. Ou seja, a condição vai muito além da idade. De acordo com a médica especialista em reprodução humana, Paula Marin, hábitos cotidianos podem tanto preservar quanto acelerar a perda do potencial reprodutivo.
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Entre os fatores que prejudicam a fertilidade, Paula destaca tabagismo, consumo excessivo de álcool, noites mal dormidas, sedentarismo ou exercício físico em excesso, estresse crônico e exposição frequente a substâncias tóxicas, como poluição e pesticidas.
“Esses fatores podem afetar a qualidade e quantidade dos óvulos, alterar o funcionamento hormonal e acelerar a queda da reserva ovariana”, ressalta a profissional ao Metrópoles.
Uso prolongado de anticoncepcional pode adiar gravidez
Porém, hábitos como atividade física regular e equilibrada, sono adequado, manejo do estresse, manutenção de um peso saudável e acompanhamento ginecológico periódico contribuem para a saúde dos órgãos femininos. Como resultado, criam um ambiente hormonal mais favorável para a manutenção da fertilidade.
As orientações da especialista em reprodução humana, Paula Marin, são:
- Seguir uma dieta equilibrada
- Praticar atividade física
- Cessar tabagismo, diminuir álcool e cafeína, e não usar drogas
- Dormir bem, com boas horas de sono à noite
- Evitar estresse e desenvolver hábitos que aliviem a tensão
Chances de engravidar
Segundo a médica, a chance de um casal jovem engravidar, ambos com menos de 35 anos, gira em torno de 20-25% ao mês. Após seis meses de tentativas, 75-80% desses casais conseguem engravidar e, em um ano, cerca de 85-90%.
Portanto, a infertilidade pode ser definida como o insucesso em atingir gravidez após pelo menos 12 meses de relações sexuais desprotegidas. Quanto maior a idade, maior a chance da infertilidade acontecer, afirma Paula.
Em cerca de 40% dos casos, dificuldade em ter filhos vem dos homens. No entanto, com ajuda médica e hábitos mais saudáveis, situação pode ser revertida
Quando procurar ajuda médica?
De acordo com a especialista, é indicado procurar ajuda médica sempre que a pessoa ou o casal se enquadrar na definição clínica de infertilidade ou apresentar fatores de risco elevados para a condição.
“Mulheres com menos de 35 anos devem procurar um especialista após 12 meses de tentativas sem sucesso. Mulheres acima de 35 devem procurar ajuda após 6 meses de tentativa, e mulheres com mais de 40 anos que querem engravidar devem procurar aconselhamento médico imediatamente, já que a fertilidade tende a cair a partir dessa faixa etária”, afirma Paula.
Ela ressalta a importância da avaliação imediata, ou seja, sem que se esperem os 12 meses, quando mulheres apresentam sinais de doenças que podem trazer infertilidade, como ausência de menstruação ou ciclos irregulares, endometriose em estágio avançado e suspeita ou conhecimento de doenças das tubas (trompas) ou do útero.