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    Ramagem reage à perda de mandato e envia recado a Motta: “Canetada”

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    Após ter o mandato cassado pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, o deputado federal cassado Alexandre Ramagem (PL-RJ) reagiu à decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e mandou um recado ao político paraibano.

    “O presidente da Câmara dos Deputados cassou o meu mandato na canetada, pela Mesa da Casa, por pura covardia. Uma decisão que não respeitou as regras da própria Câmara nem a vontade do voto em plenário, muito menos respeitou o texto claro da Constituição”, afirmou. Para isso, o presidente da Câmara falou: ‘Fiz o que tinha que fazer’. Infelizmente, são as palavras de um boneco, de uma marionete nas mãos de um ministro do STF. Covardia é ter consciência do que é certo e não fazê-lo”, escreveu na rede social X.

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    Ramagem continua com os ataques a Motta, afirmando: “Não consegue ter a coragem de defender, na forma da lei, a sua própria instituição e os mandatos do Parlamento. É um presidente subordinado a um ministro de outro poder”.

    O presidente da Câmara dos Deputados cassou meu mandato, na canetada, pela Mesa da Câmara.

    Cumpriu ordens inconstitucionais como subordinado de um ministro ditador.

    A Câmara dos Deputados efetivamente acabou, por covardia de quem a preside. pic.twitter.com/YpI9lFD1zH

    — Alexandre Ramagem (@delegadoramagem) December 19, 2025

    O deputado foi cassado após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro deste ano, no julgamento da trama golpista, com trânsito em julgado, a 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicial fechado. Ele deixou o país no mês passado e agora mora nos Estados Unidos, por meio de uma manobra ilegal, segundo a Polícia Federal (PF).

    Além de Ramagem, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve o mandato cassado pela Casa. Ele também foi condenado pela Suprema Corte, mas, em outro processo, fugiu para os EUA ao entrar na mira da Justiça.

    Segundo a Câmara, o entendimento é de que os parlamentares não podem exercer suas funções vivendo em outro país, especialmente devido às faltas que acumulam no Parlamento brasileiro.