Rosalía comentou, recentemente, sobre a sua vida íntima e acabou instigando o público. Segundo a cantora, que está nos holofotes desde o lançamento de LUX, ela está vivendo um período de abstinência sexual voluntária, ou celibato voluntário, também conhecido como volcel.
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Pouco tempo depois, a atriz Grazi Massafera revelou estar vivendo experiência semelhante, reforçando que a solitude temporária pode deixar de ser vista como tabu quando entendida como reorganização interna, e não como sinal de vazio.

A neuropsicóloga Juliana Gebrim alerta que o “volcel” tem mais a ver com autocuidado emocional do que com fuga ou negação da intimidade. “A solitude é uma escolha consciente de estar consigo mesmo. Ela promove clareza mental, regulação emocional e redução de estímulos, exatamente como descrevem Rosalía e Grazi. Não é afastamento do mundo, mas um retorno ao próprio eixo.”
Para a profissional, é importante destacar a diferença entre entre solidão — sentimento de vazio e desconexão — e solitude — um estado de presença interna, introspecção e reconexão com os próprios valores. “Solidão pode adoecer. Já a solitude, quando escolhida com consciência, cura”, afirma.
O “volcel” tem ganhado adesão entre pessoas que passaram por relacionamentos desgastantes, sofreram com sobrecarga afetiva, ou enfrentaram dificuldade em distinguir desejo verdadeiro de carência emocional.
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Segundo Juliana, a pausa seria, então, uma forma de resetar internamente antes de retornar ao campo afetivo. “Quando o corpo emocional está saturado, a pausa vira uma ferramenta de cura. Trata-se de baixar o ruído — menos estímulos, menos cobranças, mais clareza. É um pacto consigo mesmo”, observa Juliana.
“Quando artistas como Rosalía e Grazi falam abertamente sobre isso, dão permissão social para que outras pessoas reconheçam seu próprio limite e priorizem o autocuidado. Não é sobre evitar relações, mas sobre chegar nelas mais inteiras”, acrescenta.
Juliana acredita que o “intervalo emocional” pode ser saudável — desde que seja uma escolha consciente, intencional e com propósito de autoconhecimento. “A solitude não é fuga, é reparo. É um período de restauração emocional para que a pessoa volte ao campo afetivo com mais segurança, autonomia e autenticidade.”

