A megaexposição inédita de Sergio Camargo no Distrito Federal será lançada na quarta-feira (10/12), a partir das 19h, em um evento gratuito e aberto ao público no Teatro Nacional Claudio Santoro. Será a oportunidade de conferir, em primeira mão, o acervo do escultor brasileiro que é considerado um dos mais geniais do mundo. A mostra promovida pelo Metrópoles transforma o Foyer da Sala Villa-Lobos em algo além de um espaço expositivo: vira um percurso de percepções, onde a matéria respira e a luz costura as formas que marcaram a trajetória do artista.
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Com entrada livre, os espectadores são convidados a atravessar esse território sensorial e encontrar — em cada corte, curva e superfície — os sentidos de um criador que reinventou a maneira de esculpir silêncio, ritmo e profundidade. Para o curador Marcello Dantas, Camargo é o maior escultor brasileiro.
“Morreu cedo, aos 60 anos, porém, teve grande reconhecimento em vida. Foi o primeiro artista brasileiro a ultrapassar a marca de US$ 1 milhão em um leilão internacional. Foi chamado para fazer o Palácio do Itamaraty aos 35 anos. Estudou com Lúcio Fontana e tinha grande bagagem e reconhecimento internacional”, exemplifica.
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Ateliê de Sergio Camargo no Rio de Janeiro
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Sergio Camargo é considerado um dos mais premiados escultores brasileiros
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Sergio Camargo é um dos poucos brasileiros com trabalhos no MoMA, em Nova York
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A exposição é gratuita e aberta ao público
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“Teve papel importante na arte do Brasil: aproximou críticos internacionais da arte brasileira. Foi ele quem fez a ponte. Se o mundo conhece Hélio Oiticica e Lygia Clark, é devido à ponte que ele estabeleceu, pois morava em Paris e conectou essas redes”, destaca.
A trajetória de Camargo revela o sucesso desde novo. Aos 23 anos, em 1953, abriu a primeira galeria de arte contemporânea brasileira. “Ele pavimentou caminhos. Muitos artistas que vieram depois tiveram êxito porque ele abriu essas trilhas. Ele estaria fazendo 95 anos agora. Poderia estar vivo. Morreu cedo, no entanto, deixou muita obra, muita linguagem e uma história potente.”
Camargo permanece como um criador singular dentro da arte construtiva no Brasil
“Ao criar um sistema visual, ele permite que outros artistas continuem a linguagem. Ele criou o alfabeto; agora os outros escrevem suas poesias. Além disso, era muito generoso, amigo dos artistas mais jovens, e muitos o visitavam. Era muito aberto e vibrante, apaixonado…”, reforça.
A exposição é uma das maiores em quantidade de obras do escultor e reforça o papel do Metrópoles como um dos grandes players da cultura brasileira. E o projeto ganha um palco à altura: o Foyer da Sala Villa-Lobos, no majestoso Teatro Nacional de Brasília — um espaço simbólico para a arte e para a cidade. A partir de 10 de dezembro, o público poderá circular gratuitamente pela mostra, que permanece aberta até 6 de março.
Serviço
Exposição “É Pau, é Pedra…”, de Sergio Camargo, realizada pelo Metrópoles
Visitação de 10 de dezembro a 6 de março, no Foyer da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional
