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Servidor da CGU que agrediu ex-mulher e criança é indiciado pela PCDF

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Servidor da CGU que agrediu ex-mulher e criança é indiciado pela PCDF

O auditor da Controladoria-Geral da União (CGU) David Cosac Júnior, de 50 anos, flagrado em vídeo agredindo uma mulher e uma criança de 4 anos, foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no dia 8 de dezembro.

A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) fechou o inquérito do caso e o homem irá responder por lesão corporal e maus-tratos.

Se for condenado, Cosac pode pegar até 5 anos de prisão para cada um dos crimes e pode ter aumento 1/3 da pena da prisão pelos maus-tratos feitos à uma criança de menos de 14 anos.

A gravação do episódio de violência doméstica foi revelada pela colunista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, na última terça-feira (23/12).

Veja o vídeo da agressão:

Nomeado em 2007 como analista de Finanças e Controle da CGU, ele passou a atuar, em 2016, como auditor federal de Finanças e Controle do órgão. A coluna apurou, por meio do Portal da Transparência, que o salário mensal recebido por ele gira em torno de R$ 25 mil.

A coluna teve acesso a um vídeo que mostra David agredindo uma mulher e uma criança. A violência ocorreu por volta das 19h40 do dia 7 de dezembro, no estacionamento de um prédio residencial.

Moradores que presenciaram as agressões acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Apesar disso, o homem não foi preso.

Nas imagens, a mulher aparece segurando a criança no colo, aparentemente dormindo sobre seu ombro, quando, de forma repentina, David avança contra os dois e passa a desferir tapas no menino.

Em seguida, mãe e filho caem no chão, mas as agressões continuam. O auditor segue atacando as vítimas e chega a puxar a criança pelo braço. Na tentativa de protegê-lo, a mulher se deita sobre o menino.

Após os dois se levantarem, o homem volta a agredir a criança, desferindo um tapa violento na cabeça do garoto.

Investigação
Procurada, a PCDF informou que, na data dos fatos, recebeu uma denúncia anônima relatando que um morador de um edifício em Águas Claras havia agredido uma mulher e o filho dela. A denúncia foi acompanhada por um vídeo das agressões.

Uma equipe policial foi ao endereço, onde o suspeito recebeu os agentes na presença do subsíndico do prédio. Aos policiais David alegou que havia encerrado o relacionamento com a mulher e que os dois se desentenderam, entrando em vias de fato.

Segundo a corporação, o autor telefonou para a ex-namorada agredida e repassou o aparelho a uma agente da delegacia, que conversou com a vítima. A mulher afirmou que havia terminado o namoro e que não desejava registrar ocorrência contra o agressor.

Ainda conforme a PCDF, a agente orientou que a criança fosse apresentada na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) para, posteriormente, ser encaminhada ao Instituto Médico-Legal (IML).

O subsíndico se comprometeu a preservar as imagens do episódio e apresentá-las à unidade policial. Ele afirmou, ainda, não ter conhecimento de episódios anteriores de violência doméstica envolvendo o suspeito.

Condenação

O servidor possui antecedentes por comportamento agressivo. Em 2019, o servidor público foi condenado pela Justiça do Distrito Federal após agredir verbalmente e ameaçar o gerente de um estabelecimento comercial.

A confusão teve início no caixa de um supermercado em Águas Claras, em 2017, devido a uma divergência de preços em dois produtos. Segundo o relato do processo da época, a demora na correção do valor teria irritado o servidor público.

Quando o gerente da loja tentou intervir e solicitou que David se dirigisse a outro caixa para agilizar o atendimento dos demais clientes, o auditor teria chutado o carrinho de compras, repetidas vezes.

Matéria em atualização.

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