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    Slide vetado por Moraes em sessão no STF tinha citação de Zanin

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    A defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, pretendia usar nesta terça-feira (9/12), no julgamento no STF, um slide com um argumento de Cristiano Zanin quando era advogado de Lula no período da Lava Jato.

    A peça mostrava Zanin questionando o uso de minutas, que não chegaram a ser assinadas, como provas contra Lula e seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho.

    Slide vetado por Moraes em sessão no STF tinha citação de Zanin - destaque galeria3 imagensMinistro Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STFSlide com citação de Zanin foi vetado por Moraes no STFFechar modal.MetrópolesMinistro Alexandre de Moraes1 de 3

    Ministro Alexandre de Moraes

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    Ministro Cristiano Zanin, da Primeira Turma do STF

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.fotoSlide com citação de Zanin foi vetado por Moraes no STF3 de 3

    Slide com citação de Zanin foi vetado por Moraes no STF

    Teixeira Martins Advogados

    Na peça de defesa elaborada por Zanin, que hoje integra a Primeira Turma do STF, o então advogado contestava o uso do material. Na ocasião, Zanin alegou haver “minutas de contratos não assinadas e manuscritos (garatujas) apreendidos em endereço de Alexandre Paes dos Santos, realizando um criativo e ficcional trabalho de dedução descomprometida para construir a narrativa — confusa — das tratativas que teriam ocorrido entre consultores e clientes (Montadoras) que, ao cabo, seriam bastantes para configurar crimes de corrupção ativa atribuídos ao defendente e a Gilberto Carvalho”.

    Defendido pelo advogado Jeffrey Chiquini, Filipe Martins é acusado de elaborar a minuta de um decreto que instituiria um golpe de Estado após as eleições de 2022, quando Bolsonaro foi derrotado pelo atual presidente. O documento encontrado pela Polícia Federal (PF) não apresenta nenhuma assinatura.

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    Ao vetar o uso dos slides pela defesa de Filipe Martins, o ministro Alexandre de Moraes considerou o material “parcialmente impertinente” e alegou que ele continha “diversos documentos e imagens que não estão juntadas aos autos e não dizem respeito ao objeto” do processo.

    Uma das linhas de defesa apresentadas por Filipe Martins é que o tenente-coronel Mauro Cid teria tentado incriminá-lo para desviar o foco das investigações, uma vez que o delator teria atuado por um golpe de Estado.