O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “ditador psicopata” ao criticar a decisão, desta quinta-feira (11/12), que derrubou a votação da Câmara dos Deputados e determinou a perda imediata do mandato de Carla Zambelli (PL-SP).
“O ditador psicopata que hoje manda nos três Poderes voltou a atacar. Quando um ministro anula a decisão soberana da Câmara e derruba o voto popular, isso deixa de ser Justiça e vira abuso absoluto de poder”, escreveu Sóstenes.
O deputado afirmou que houve “usurpação institucional” e que o Supremo teria ignorado a deliberação do Legislativo. Segundo ele, a determinação de Moraes fere a democracia e desconsidera a vontade do eleitorado. “O Brasil viu um ato de usurpação institucional: um homem passando por cima do Parlamento e da vontade do povo”, disse.
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A reação ocorre após Moraes anular o resultado da votação realizada na madrugada desta quinta-feira (11/12). Na sessão, 227 deputados votaram a favor da cassação de Carla Zambelli, 110 foram contrários e 10 se abstiveram. Apesar da maioria, o placar ficou abaixo dos 257 votos necessários para a perda de mandato, o que levou ao arquivamento da representação.
Com a decisão do ministro, o quadro foi revertido. Moraes determinou a perda imediata do mandato da deputada, que já havia sido condenada pela Primeira Turma do STF a 10 anos de reclusão por invadir, ao lado de um hacker, sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli está presa na Itália após fugir do Brasil. Nessa condição, não pode votar nem exercer plenamente as funções parlamentares, mas seguia no cargo por decisão da própria Câmara.

