O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), expôs uma declaração de Imposto de Renda (IR), cópias da escritura de uma casa que negociou e fotos dela para explicar a proveniência de R$ 470 mil em espécie apreendidos em seu apartamento alugado.
O pronunciamento com mídias, feito nesta quarta-feira (24/11), ocorre cinco dias após a Polícia Federal (PF) cumprir a Operação Galho Fraco.
“O dinheiro encontrado no meu apartamento aqui em Brasília, R$ 470 mil, é fruto da venda de um imóvel, dinheiro lícito e de origem comprovada. O imóvel é uma casa que eu comprei em 2023, na cidade de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, devidamente registrado em cartório, em meu nome, no meu CPF, conforme você pode ver na escritura”, afirmou Sóstenes em um vídeo no X.
Sóstenes e o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foram alvos da Operação Galho Fraco, que apura desvio de recursos públicos da cota parlamentar. Segundo relatório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que autorizou a ação policial, os deputados teriam se apropriado de forma indevida da verba proveniente da cota parlamentar por intermédio de servidores comissionados.
Ainda segundo a investigação, o desvio do dinheiro teria sido destinado a empresas como a Harue Locação de Veículos Ltda. ME e a Amazon Serviços e Construções Ltda. Os parlamentares do PL tiveram os celulares apreendidos durante a operação e também foi apreendida grande quantidade de dinheiro em espécie, sendo quase meio milhão de reais com Sóstenes, em quarto de hotel, em Brasília.
Triângulo Mineiro
Ao se explicar novamente sobre a origem do dinheiro, Sóstenes expôs fotos da casa, documentos da escritura da residência, declaração de imposto de renda para comprovar a venda. O imóvel exposto se situa em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro e Sóstenes afirmou que havia colocado um valor inicial de R$ 690 mil, no entanto, segundo ele, como estava desvalorizado, Sóstenes aceitou vender por um valor menor.
“Recebemos a proposta de um comprador que pagou R$ 500 mil à vista em dinheiro. Reitero a todos que me conhecem, o dinheiro é lícito, declarado, tudo conforme manda a lei. Tenho certeza que depois de tudo esclarecido na Polícia Federal e junto ao ministro Flávio Dino, odinheiro será devolvido, porque ele é de fonte lícita e transparente”, disse Sóstenes.
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Declaração de IR do Sóstenes
Reprodução/Redes Sociais
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Escritura da casa de Sóstenes
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Sóstenes expõe documentos de casa negociada para justificar R$ 470 mil
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No desfecho do discurso, o líder do PL reafirmou sua inocência e alegou perseguição política feita por adversários que o difamariam. Ele ainda menciona o filho de Lula, o Lulinha, durante o diálogo e sinaliza que ele não teria a mesma transparência para tentar se explicar à Justiça.
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Operação da PF investiga desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares
Divulgação/ Polícia Federal
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Dinheiro apreendido pela Polícia Federal
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Dinheiro apreendido pela PF
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Polícia Federal (PF) deflagou nesta sexta operação Galho Fraco
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Dinheiro apreendido na Operação Galho Fraco
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A ação da PF é um desdobramento de uma operação deflagrada em dezembro de 2024, a Rent a car, que apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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Nela, os assessores de Jordy e Sóstenes já haviam sido alvos da Polícia Federal.
