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    Sustentabilidade e governança seguem como investimentos para 2026

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    A agenda ESG deixou de ser um tema periférico para se consolidar como um dos eixos centrais da estratégia de investimentos no Brasil e no mundo. Em um ambiente marcado por maior volatilidade, mudanças regulatórias e transições econômicas em curso, critérios ambientais, sociais e de governança passaram a desempenhar papel relevante na análise de riscos e oportunidades.

    O relatório Onde Investir em 2026, produzido pelo time de Research da XP, parte do diagnóstico de que a incorporação de fatores ESG evoluiu de uma abordagem reputacional para um instrumento de gestão de risco e alocação de capital.

    Questões como transição climática, eficiência no uso de recursos, e qualidade da governança corporativa passaram a influenciar diretamente o desempenho das empresas e a percepção dos investidores, especialmente em horizontes mais longos.

    Entre os destaques, a seção ESG do relatório destaca que a transição para uma economia de menor intensidade de carbono segue como tendência estrutural, ainda que de forma desigual entre países e setores. O material aponta que esse processo tende a gerar vencedores e perdedores, exigindo maior seletividade na exposição a ativos ligados à energia, infraestrutura e commodities.

    Além disso, no pilar de governança, as especialistas reforçam que transparência, alinhamento de interesses e qualidade da gestão permanecem como fatores decisivos para a geração de valor. Em mercados sujeitos a maior volatilidade política e macroeconômica, estruturas sólidas de governança funcionam como um diferencial competitivo e um elemento de proteção para o investidor.

    A estratégia ESG apresentada no Onde Investir também ressalta que sustentabilidade não deve ser tratada como uma classe de ativos isolada. Pelo contrário, os critérios ESG devem ser integrados às decisões de alocação em diferentes classes, como renda fixa, renda variável e investimentos alternativos. Essa integração permite uma leitura mais completa dos riscos e contribui para a construção de portfólios mais equilibrados.

    A seção ESG do Onde Investir em 2026 reforça que sustentabilidade, impacto e governança não são temas acessórios, mas componentes estruturais da análise de investimentos.