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    TJDFT mantém prisão de membro do PCC que dava golpes da falsa pousada

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    A Justiça do Distrito Federal determinou, na madrugada deste sábado (20/12), a prisão preventiva de dois homens apontados como líderes de uma organização criminosa especializada em golpes pela internet.

    Segundo as investigações, o grupo clonava sites e perfis de redes sociais de pousadas da cidade turística de Pirenópolis (GO) para enganar vítimas e receber pagamentos por hospedagens que não existiam.

    Os envolvidos são Lucas Maia Morback de Araújo, conhecido como “King” – integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), e Marcos Antônio Franco de Sousa. Ambos já haviam sido presos temporariamente no dia 16 de dezembro, na cidade de Goiânia, durante a terceira fase da Operação Sem Reservas.

    A decisão foi tomada pelo Núcleo Permanente de Plantão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), após pedido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

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    Ao decretar a prisão preventiva, o juiz destacou que existem provas dos crimes e indícios suficientes de autoria. Segundo a decisão, os investigados fazem parte de organização criminosa interestadual, que atua de forma contínua e estruturada há pelo menos dois anos, causando prejuízos financeiros significativos a diversas pessoas.

    Como funcionava o golpe

    Segundo a investigação, a quadrilha atuava de forma organizada e com divisão de tarefas, praticando principalmente os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

    O esquema consistia em copiar páginas reais de pousadas e criar perfis falsos nas redes sociais, muito semelhantes aos originais. Com isso, as vítimas acreditavam estar negociando com estabelecimentos verdadeiros e realizavam pagamentos antecipados por reservas que nunca existiram.

    Após receber o dinheiro, o grupo transferia os valores para contas bancárias de terceiros, alugadas exclusivamente para esse fim. Em seguida, o dinheiro passava por um processo de lavagem, que incluía a conversão em criptomoedas e movimentações financeiras em casas de câmbio no Paraguai, dificultando o rastreamento pelos órgãos de investigação.

    Prejuízos milionários

    De acordo com a PCDF, a organização criminosa teria movimentado cerca de R$ 13 milhões em dinheiro ilícito nos últimos dois anos. Somente no Distrito Federal, o esquema fez 83 vítimas.

    A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e possíveis novas vítimas do esquema.