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Trump convoca alto escalão da segurança para reunião sobre a Venezuela

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Trump convoca alto escalão da segurança para reunião sobre a Venezuela

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve uma reunião com o alto escalão da segurança nacional, na noite dessa segunda-feira (1º/12), para discutir a situação na Venezuela e a possibilidade de uma operação militar no país. Até a última atualização desta reportagem, o republicano não havia anunciado o resultado do encontro.

A reunião ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, a partir das 17h no horário de Washington D.C. — 19h em Brasília. O encontrou foi confirmado pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. “Faz parte de sua responsabilidade garantir a continuidade da paz em todo o mundo”, informou a porta-voz do governo Trump.

Questionada por jornalistas, Karoline Leavitt não respondeu se Trump já tomou uma decisão sobre uma possível intervenção militar dos EUA na Venezuela.

Além de Donald Trump, participaram do encontro os secretários de Estado, Marco Rubio, e de Defesa, Pete Hegseth. Também estiveram presentes o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, a chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles, e o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, de acordo com a CNN Internacional.

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Donald Trump

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

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Donald Trump anunciou enfrentamento terra terra contra traficantes venezuelanos

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Trump

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Tensão atinge novo pico

O encontro ocorre durante novo pico de tensão entre Washington e Caracas. No sábado (29/11), Trump subiu ainda mais o tom contra Nicolás Maduro e anunciou que o espaço aéreo da Venezuela estava “totalmente fechado”.

“A todas as companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor, considerem o espaço aéreo acima e ao redor da Venezuela totalmente fechado”, escreveu o líder norte-americano em uma publicação na rede social Truth.

Os Estados Unidos não têm autoridade para fechar o espaço aéreo de outro país. No entanto, um anúncio como o de Trump faz aumentar as especulações sobre um ataque na Venezuela, o que desencoraja companhias aéreas a voarem sobre as terras venezuelanas.

O governo da Venezuela publicou uma mensagem de repúdio e chamou de “ameaça colonialista” a decisão de Donald Trump.

“A República Bolivariana da Venezuela repudia veementemente a mensagem pública divulgada hoje [sábado] nas redes sociais pelo presidente dos Estados Unidos, na qual ele tenta aplicar extraterritorialmente a jurisdição ilegítima dos Estados Unidos na Venezuela, ao tentar, sem precedentes, emitir ordens e ameaçar a soberania do espaço aéreo nacional, a integridade territorial, a segurança aeronáutica e a plena soberania do Estado venezuelano”, diz a nota.

Na quinta-feira (27/11), Trump já havia declarado que ataques por terra na Venezuela poderiam acontecer em um futuro próximo, como parte da campanha dos EUA contra o tráfico de drogas na região.

Contestado por parte da comunidade internacional, Maduro e figuras ligadas ao alto escalão do regime chavista têm sido os principais alvos das ameaças vindas de Washington.

Em julho deste ano, o presidente da Venezuela foi apontado como o chefe do cartel de Los Soles pela administração Trump, recentemente classificado como organização terrorista internacional pelos EUA. Mudança que também atingiu outros grupos, e abriu brechas para operações militares norte-americanas em outros países, sob a justificativa do combate ao “narcoterrorismo”.

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