O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nessa segunda-feira (29/12), que não está preocupado com os exercícios militares da China ao redor de Taiwan e disse manter um ótimo relacionamento com o presidente chinês, Xi Jinping.
Durante coletiva de imprensa realizada ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Trump foi questionado sobre as ações militares da China.
“Tenho um ótimo relacionamento com o presidente Xi, e não acredito que ele vá fazer isso (atacar Taiwan). Nada me preocupa”, afirmou Trump.
A China lançou foguetes ao redor de Taiwan pelo segundo dia de exercícios militares, em uma simulação de bloqueio de áreas estratégicas, com ataques a alvos no mar, na manhã desta terça-feira (30/12).
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O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan informou que detectou 130 aeronaves chinesas.
Segundo o governo de Taiwan, o braço armado da China, o Exército de Libertação Popular (ELP), está ao redor da ilha, com 14 embarcações da Marinha. Das 130 aeronaves detectadas, 90 cruzaram a linha mediana e entraram nas Zonas de Identificação de Defesa Aérea (Adiz) do norte, centro, sudoeste e leste de Taiwan.
As tensões entre China e Taiwan se intensificaram nas últimas semanas após um comentário feito pela primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, que afirmou que Tóquio reagirá militarmente caso a China avance sobre Taiwan, o que provocou uma prolongada discussão diplomática entre os dois países.
Venda de armas
A movimentação chinesa ocorre após os Estados Unidos aprovarem um pacote de venda de armas para Taiwan, avaliado em mais de US$ 11,1 bilhões, que reforça a capacidade de defesa da ilha. O acordo é considerado o maior já destinado ao território.
O pacote inclui obuseiros autopropulsados e equipamentos como sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade, sistemas de mísseis guiados por fio com rastreamento óptico e lançados por tubo, além de software, aparelhos e serviços para rede de missão tática. A China se manifestou contra a venda.
