A opositora venezuelana María Corina Machado, vencedora do Nobel da Paz de 2025, confirmou que estará em Oslo, na Noruega, na próxima quarta-feira (10/12), para receber o prêmio anunciado em outubro. Manifestantes de dezenas de cidades saíram às ruas neste sábado (6/12) para demonstrar apoio à líder, que vive escondida desde o ano passado.
O movimento, denominado “Marcha pela Paz e Liberdade”, ocorre em mais de 80 cidades ao redor do mundo para manifestar apoio a María, opositora do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela.
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Em Barcelona, na Catalunha, Espanha, cerca de 200 venezuelanos foram às ruas em apoio a María Corina Machado. Os manifestantes são ligados ao partido Vente Venezuela, criado por ela em 2012, quando ainda era deputada da Assembleia Nacional da Venezuela.
Lorena Sopena/Europa Press via Getty Images
Lorena Sopena/Europa Press via Getty Images
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Há registros de mobilizações também em Madri, Funchal, Utrecht, além de cidades na França, Itália, Reino Unido, Austrália, Canadá, Argentina, Peru e Colômbia.
Tensões
As manifestações em apoio à vencedora do Nobel da Paz ocorrem em um momento de forte tensão entre o governo Maduro e o governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
O país norte-americano tem pressionado militarmente Maduro a deixar o poder. Tropas americanas já chegaram a atacar barcos no Caribe e no Pacífico sob a alegação de combate ao tráfico de drogas. Trump também colocou uma recompensa de US$ 50 milhões pela prisão do líder venezuelano.
Já Maduro acusa Trump de tentar roubar as reservas petrolíferas do país, sob a falsa justificativa de combater o tráfico internacional de drogas. A declaração do líder chavista consta em uma carta enviada à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no domingo (30/11).
“A Venezuela denuncia formalmente perante a OPEP e o mecanismo OPEP+ que o governo dos Estados Unidos da América pretende apoderar-se das vastas reservas de petróleo da Venezuela, as maiores do mundo, por meio do uso de força militar letal contra o território, o povo e as instituições do país”, disse o presidente venezuelano em correspondência enviada ao secretário-geral da OPEP, Haitham al-Ghais.
