A Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) realizou uma operação de combate ao narcotráfico na fronteira com o Brasil, no estado do Amazonas, nessa segunda-feira (29/12). Na ação, oito aeronaves e quatro acampamentos foram destruídos por associação ao tráfico internacional de drogas.
“A ação foi realizada simultaneamente em quatro acampamentos localizados nas fronteiras com o Brasil, conseguindo inutilizar e destruir oito aeronaves que operavam em pistas clandestinas ilegais. Com este resultado, a Venezuela consolida a firmeza da FANB na defesa da soberania nacional e na luta contra o narcotráfico”, afirmou o Domingo Hernández Lárez, chefe do Comando Estratégico Operacional.
Ainda na mensagem, o chefe de operações enfatiza que as oito aeronaves realizavam suas atividades ilícitas em “pistas clandestinas ilegais” e que o tráfico internacional de drogas ocorria em todo o território periférico fronteiriço da Venezuela com o Brasil, especificamente nos 4 pontos, no município de Alto Orinoco do estado Amazonas.
Hernandéz ainda explica que, além das aeronaves atuarem no narcotráfico, elas violavam de a Lei de Controle para a Defesa Integral do Espaço Aéreo venezuelano, assim como a Lei de Segurança e Defesa da Nação, por não possuírem plano de voo, identificação e não cumprir com as medidas regulares para voar pela Venezuela. Sob este pretexto, o país justificou que agiu em”defesa da soberania”.
“A Venezuela é uma zona de paz de direito e de justiça, onde se luta diariamente contra o tráfico de substâncias entorpecentes e psicotrópicas que tanto mal fazem à humanidade. A Venezuela não será plataforma para o crime transnacional; aqui não se produz, não se processa, não se consome e muito menos seremos plataforma de passagem para estes produtos ilegais. Com este êxito operativo, a Venezuela registra 39 aeronaves inutilizadas durante o ano de 2025”, comunicou o chefe de operações.
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A operação acontece em meio à escalada militar dos EUA próximo a Venezuela, com navios de guerra, caças de última geração e um submarino nuclear bombardeando embarcações em águas caribenhas e do Oceano Pacífico sob a justificativa de conter o narcotráfico. A ação, sob as ordens de Maduro, pode servir como estratégia para expôr as operações bem-sucedidas no combate ao crime.
