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    Verão “Mad Max” assusta turista e tira família de casa com calor em SP

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    A cidade de São Paulo tem vivido um início de verão com calor recorde e reservatórios de água com níveis cada vez mais baixos, um cenário apocalíptico que faz lembrar o filme “Mad Max”. Mesmo com termômetros de rua marcando até 39°C e sol de rachar, muitos turistas e famílias inteiras procuraram o ar livre neste sábado (27/12).

    

    O Parque Ibirapuera esteve repleto de visitantes, fossem eles moradores da capital paulista ou de outros lugares conhecidos pelas temperaturas ainda mais elevadas.

    A estudante piauiense Suzane Noronha, 18 anos, estava acompanhada da família. Ela mora em Teresina (PI), que costumeiramente divide com Cuiabá (MT) o título de campeã do calor entre as capitais brasileiras. Para ela, entretanto, o tempo em São Paulo surpreendeu.

    Verão “Mad Max” assusta turista e tira família de casa com calor em SP - destaque galeria16 imagensVisitantes tomam sorvete no Parque IbirapueraTermômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São PauloTermômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São PauloLocal por onde passa o Córrego do Sapateiro, nas proximidades do Parque IbirapueraTermômetro na Avenida 23 de Maio, em São PauloFechar modal.MetrópolesMulher se abana no Parque Ibirapuera1 de 16

    Mulher se abana no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesVisitantes tomam sorvete no Parque Ibirapuera2 de 16

    Visitantes tomam sorvete no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesTermômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo3 de 16

    Termômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo

    William Cardoso/MetrópolesTermômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo4 de 16

    Termômetro na Sena Madureira, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo

    William Cardoso/MetrópolesLocal por onde passa o Córrego do Sapateiro, nas proximidades do Parque Ibirapuera5 de 16

    Local por onde passa o Córrego do Sapateiro, nas proximidades do Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesTermômetro na Avenida 23 de Maio, em São Paulo6 de 16

    Termômetro na Avenida 23 de Maio, em São Paulo

    William Cardoso/MetrópolesPassarela sobre a Avenida 23 de Maio, em São Paulo7 de 16

    Passarela sobre a Avenida 23 de Maio, em São Paulo

    William Cardoso/MetrópolesCiclista na passarela sobre a Avenida 23 de Maio, em São Paulo8 de 16

    Ciclista na passarela sobre a Avenida 23 de Maio, em São Paulo

    William Cardoso/MetrópolesVisitantes bebem água no Parque Ibirapuera9 de 16

    Visitantes bebem água no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesVisitantes bebem água de coco no Parque Ibirapuera10 de 16

    Visitantes bebem água de coco no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesVisitantes bebem água de coco no Parque Ibirapuera11 de 16

    Visitantes bebem água de coco no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesFamília e amigos celebram aniversário no Parque Ibirapuera12 de 16

    Família e amigos celebram aniversário no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesMulher caminha com guarda-chuva no Parque Ibirapuera13 de 16

    Mulher caminha com guarda-chuva no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesChuva no Parque Ibirapuera14 de 16

    Chuva no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesChuva no Parque Ibirapuera15 de 16

    Chuva no Parque Ibirapuera

    William Cardoso/MetrópolesParque Ibirapuera16 de 16

    Parque Ibirapuera

    William Cardoso/Metrópoles

     

    “Vim para São Paulo para fugir do calor, mas São Paulo está mais quente que Teresina. Lá estava chovendo, aqui está muito quente. A gente passa mal, sente tontura, dá mal-estar”, disse.

    Um casal de argentinos tentava se refrescar com água de coco, sob uma árvore. A psicóloga Iolanda Viera, 59 anos, e o mecânico Jorge Rossi, 61 anos, estranharam as temperaturas dos últimos dias na capital paulista. “Faz sete, oito anos que viajamos para São Paulo e não era assim”, disse a mulher. “Não tinha esse calor, não”, afirmou o marido.

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    Na região da Vila Mariana, onde fica o Ibirapuera, a estação meteorológica do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) marcou temperatura máxima de 37,4°C no início da tarde. Já os equipamentos instalados nas ruas chegaram a apontar 39°C, como aquele que fica entre o parque e o Museu de Arte Moderna (MAM), na Avenida 23 de Maio.

    Marcas semelhantes foram encontradas na Rua Sena Madureira, também nas proximidades, onde no último a prefeitura arrancou árvores para a construção de um túnel, que teve a obra cancelada pela Justiça.

    Família

    Nem todos criticaram o calor e alguns até aproveitaram para sair de casa por causa das temperaturas elevadas.

    A dona de casa Graziela Gonçalves Costa, 30 anos, fez o aniversário da filha Melissa, de 11 anos, no parque. Entre 20 e 30 pessoas da família estiveram no local. “Decidimos vir ao parque. Foi uma coisa que fizemos de última hora, porque nesta época do ano está chovendo. Para honra e glória do Senhor, hoje estava mais calorzinho”.

    Diante de temperaturas tão elevadas, a chuva que chegou ao Ibirapuera após as 16h nem chegou a espantar os frequentadores. O asfalto estava tão quente que a água evaporou ao tocar o solo. Muitos aproveitaram para se refrescar sob os pingos, embora em algumas regiões da Grande São Paulo milhares de pessoas tenham ficado sem luz, parte do roteiro que sempre se apresenta na metrópole aos primeiros chuviscos.

    Os termômetros de rua registraram queda acentuada na temperatura, que despencou 14°C em cerca de duas horas e meia, chegando a 25°C perto das 17h. O alívio deve durar pouco e a previsão do tempo aponta para um domingo ainda bastante quente.