O Corinthians vai abrir 2026 com R$ 2,9 milhões na conta bancária. É esse o valor acertado com a Convenção Batista Lagoinha pelo aluguel da Neo Química Arena para o Vira Brasil 2026 – São Paulo, uma virada evangélica.
Os 2,9 milhões de reais aparecem no plano de trabalho da Lagoinha apresentado à prefeitura de São Paulo para justificar um acordo de patrocínio de R$ 4 milhões. Para receber o montante, o solicitante precisa apresentar um detalhamento de como o dinheiro será gasto, com três orçamentos.
No caso do item “Locação do Estádio”, só foi considerado o orçamento do Corinthians, de precisos R$ 2.792.690,00. O restante do apoio municipal vai principalmente para locação e montagem da estrutura de palco, além de cerca de R$ 50 mil em divulgação.
A edição paulistana do Vira Brasil 2026 estava originalmente marcada para o estádio do Palmeiras, o Allianz Parque, e a Lagoinha de Alphaville chegou a pagar R$ 40 mil à prefeitura de São Paulo pelo alvará ali. A igreja, porém, voltou atrás e remarcou a celebração para o estádio do Corinthians. O anúncio foi feito no mesmo dia que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou o patrocínio da prefeitura.
No ano passado, a Vira Brasil gerou polêmica no Allianz Parque. A prefeitura chegou a vetar alvará para o evento, enquanto moradores do entorno criticavam a festa, alegando que as normas municipais só permitiam shows no estádio até as 23h30 e a celebração tinha previsão de acabar às 0h30.
A prefeitura então conseguiu passar a toque de caixa na Câmara dos Vereadores uma mudança na legislação do PSIU para acabar com o limite de barulho em shows, com um jabuti em um projeto de lei sobre a ampliação de um aterro sanitário. Essa alteração foi suspensa em setembro por decisão da Justiça. Hoje, a restrição segue valendo.
Procurado, o Corinthians disse que não divulga ou comenta valores fechados com os parceiros para eventos.
