A Comissão Mista de Orçamento (CMO) adiou nesta terça-feira (2/12) a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O clima no Congresso permanece incerto, reflexo da crise recente entre os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A pedido do relator da LDO [deputado Gervásio Maia], diante dos diálogos que o colégio de líderes ponderou, os pedidos de destaques avançaram bastante, mas se faz necessário o prazo de 24 horas para o relator incorporar as emendas em seu relatório”, declarou o presidente da CMO, senador Efraim Filho (União Brasil-PB).
A comissão deve votar a proposta nessa quarta-feira (3/12). O Metrópoles apurou, entretanto, que não há data marcada para a análise do texto em sessão do Congresso.
Leia também
-
Comissão do Congresso aprova MP sobre licença ambiental especial
-
De olho em fundo eleitoral, Congresso não deixará Orçamento para 2026
-
Planalto age para esfriar tensão com Congresso e acelerar votações
O impasse na agenda do Congresso, que se arrasta por alguns meses e atrasa o planejamento do Executivo, cria uma corrida contra o tempo que não é apenas regimental, mas política. Pelo rito, os parlamentares só podem iniciar o recesso formal em 23 de dezembro após a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Contudo, a tradição aponta para outra solução, que se espera ser adotada: caso a LDO não seja votada a tempo, os congressistas devem emendar o trabalho com o recesso informal, conhecido como “recesso branco”.
