A reportagem publicada domingo pela A TRIBUNA sobre as doações com origem na JBS para políticos acreanos teve imensa repercussão na capital, provocando inúmeros comentários nas redes sociais e nas conversas entre parlamentares e políticos de todos os partidos.
Um ponto a se destacar na matéria é que, até agora, nenhum suposto beneficiário das doações foi acusado de qualquer contato ou de ter feito o pedido de dinheiro oferecendo barganhas aos donos da empresa JBS. Todas as doações que chegaram ao Acre tiveram origem nos diretórios nacionais dos vários partidos, sem que os candidatos supostamente beneficiados tivessem cesso ás fontes doadoras.
Outro detalhe comum em todas as doações é que elas foram devidamente registradas nas prestações de contas dos candidatos, em 2014, unto à Justiça Eleitoral, quando era permitida a doação empresarial e foram, sem exceção, devidamente aprovadas pelas instâncias legais.
Dessa forma, os candidatos acreanos, não importando o valor recebido, estão com as contas em dia e fora do radar das doações classificadas como propinas ou de promessas de roca de favores com a holding da JBS.
O Acre é um dos poucos estados nessa situação. Nenhum político acreano está listado nas delações de Joesley Batista e de seus subordinados por práticas ilegais. Como bem explicaram os candidatos, não se sabia, à época, de ligações espúrias do grupo empresarial em esquemas de propinas e muito menos de que as doações enviadas ao estado pelas direções nacionais dos partidos pudessem ter origem espúria. A diversidade dos partidos e candidatos beneficiados é outro ponto que atesta a boa fé com que o dinheiro foi recebido. Situação e oposição foram igualmente beneficiadas, com dinheiro até então legítimo e registrado nas prestações de contas.
(A Tribuna)