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    Educação, o melhor caminho de ascensão na vida

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    Por Leandro Matthaus 

    A Educação ainda é o melhor caminho para lograr êxito na vida, a não ser que por ventura alguém tenha o merecimento de ganhar na loteria, uma possibilidade remota. Desde as primeiras décadas do século XVI, quando o Brasil passou a ser colonizado definitivamente pela Coroa Portuguesa, a Educação que era de responsabilidade dos jesuítas, os soldados de Cristo ligados à Igreja Católica, sempre foi um elo para humanizar e civilizar os povos naturais da colônia. Por meio do catecismo os indígenas aprendiam a falar o português, bem como rezar as missas.

    A história vitoriosa do tarauacaense Jenilson Leite, nascido nas barrancas do rio Muru e filho de seringueiro, também está ancorada nesse universo que é capaz de construir um novo ser, não no sentido material, contudo, na formação do ser humano, de capacitá-lo para o mercado de trabalho e faz triunfar naquilo que almeja.

    Ao visitá-lo autoridades do poder judiciário do Acre, dentre eles o presidente da Corte Francisco Djalma, Jenilson Leite, que é médico e atualmente vice-presidente do legislativo contou uma história de quando o então presidente do TJAC trabalha em Tarauacá. Na época, Leite era simplesmente o engraxador dos sapatos do juiz.

    Há uma música de Dom e Ravel que diz “Só o amor constrói”. A Educação também tem esse poder. Um exemplo disso é a história de Jenilson Leite.  

    Veja na íntegra 

    A GENTE CHEGA ONDE A GENTE QUISER!

    – Uma foto que conta um pouco de minha história. 

    Visitei o presidente do Tribunal de Justiça  hoje. 

    Na pauta: Município  de Jordão e Tarauacá.

    Fiz uma fotografia e chegando em casa fui olhar. Lembrei que esses três juízes ao meu lado já trabalharam na cidade que eu nasci (Tarauacá), em momentos diferentes claro. 

    – O Primeiro foi Dr. Djalma, hoje presidente do Tribunal. Na época eu era um menino de 12 anos de idade, eu estudava num turno e no outro eu engraxava sapatos. Inclusive durante essa visita ele me pediu para contar essa história. Ele tinha muitos sapatos, quando eu ia na casa dele, eu fazia o dinheiro do dia, aí já voltava para casa e não precisava mais andar muito para apurar um trocadinho. 

    – O segundo a trabalhar em Tarauacá foi Dr Lóis, nessa época eu já não estava na minha cidade, estudava em colégio interno agrícola, em Rancharia-SP. Pela manhã eu trabalhava na agricultura e pecuária, pela tarde eu estudava. 

    – A terceira a exercer a magistratura na minha terra foi a Dra. Andréia. No período eu tinha acabado de voltar de Cuba, como médico, a conheci na época e respeito muito seu trabalho e dedicação. 

    Hoje, como médico, infectologista, deputado do Acre e vice-presidente da Assembleia Legislativa, olho para essa foto e percebo que meu foco e toda nossa dedicação valeu a pena. Digo nossa porque a gente não constrói nada sozinho. 

    Se você observar, dois elementos sempre estiveram presentes nessa história desde cedo. O ESTUDO e o TRABALHO. 

    Penso que minha história não é nada diferente de tantas extraordinárias lições de vida que a gente vê por aí. Mas gostaria de usar ela para mostrar para muitos jovens conterrâneos tarauacaenses e acreanos que a GENTE CHEGA ONDE A GENTE QUISER, basta sonhar e lutar pelos sonhos. 

    Não sei até onde a vida me conduzirá, mas eu seguirei sonhando e lutando. 

    Forte abraço! (sic).