Essa briga entre a gestão Marilete Vitorino ( PSD) e Sindicato da Educação sobre o pagamento do abono salarial, na qual a gestora conseguiu sair “vitoriosa” com a manutenção do veto do executivo sobre emenda do vereador de oposição Lauro Benigno, não é bom para nenhum dos lados, principalmente para os servidores que foram os principais derrotados na briga política.
A emenda em questão, modificava o PL do abono do executivo aos servidores da educação. Como a prefeitura não concedeu aumento salarial durante a data base , ficou acordado que seria pago um abono no final de ano, de mil reais aos professores e 500 reais aos funcionários de apoio, e dependendo da disponibilidade financeira da pasta educacional poderia ser discutido um valor a mais. Como há servidores que tem dois contratos , o vereador apreenetou uma emenda pela qual o valor seria pago por contrato e não apenas por pessoa. A prefeita vetou. E o veto vou para ser apreciado e foi mantido.
O resultou foi comemorado efusivamente pelo grupo político da gestão, porque derrotou em tese o vereador Lauro Benigno ( PCdoB) e presidente do sindicato que defende a entidade, com o apoio inclusive de vereadores petistas e do PCdoB, leia-se Carlos Tadeu ( que espera a brecha eleitoral para mudar de sigla).
Embora tenha sido um embate político entre Marilete e Lauro, possível adversário da mandatária em 2020, a manutenção de um veto que tira a possibilidade de ganho financeiro dos servidores não tem nada para ser comemorado. Pois derrotar servidor não é algo bonito, principalmente quando estamos falando de educadores. Que deveria receber o maior salário do país.
Além disso, gestão competente não paga abono, encontra uma forma de incorporar esse recurso no salário do servidor. Abono é uma coisa anual, salário incorporado permanece até quando o trabalhador se aposenta.
Não discuto o mérito político da questão, mas que comemorar a manutenção de um veto que em tese significa menos dinheiro aos servidores, é um ato vergonhoso, pelo menos para mim é.
Por Leandro Matthaus