Há uma tentativa de se construir uma versão: a de que Gladson Cameli abandonou seus aliados. Isso é tão falso como uma nota de três reais.
O problema do Gladson é que alguns dos seus aliados quiseram, por conta própria, eleger os prefeitos deles. Nenhum deles perguntou a opinião do governador.
Nos governos do PT, os governadores escolhiam até os suplentes de senador. No governo do Gladson, alguns aliados decidiram fazer tudo por conta própria, sem consulta ao governador. Imagine dar a palavra final ao governador, como acontecia nos governos do MDB e do PT.
O PSDB, o MDB, o PSD e até o próprio PP escolheram os seus candidatos. No caso do Bocalom, ele se filiou no PP junto comigo, dia 3 de abril.
Quanto ao discurso de que precisavam lançar candidatos a prefeito, por causa do fim das coligações, é outra nota de três reais. É só olhar a composição da Câmara. Venceu quem tinha estrutura e não cabeça de chapa.
Apesar da situação difícil em que deixaram o governador, a eleição serviu para rasgar véus. Ruim se Gladson percebesse como estão movendo as pedras do xadrez só no início de 2022.
Agora, Gladson tem tempo pra agir, com tranquilidade, com justiça e com sabedoria. E, reaglutinar forças, as originais e as novas.
Quem trabalha, é honesto e tem carisma, só perde se for pra ele mesmo. Principalmente, quando sua principal marca foi salvar vidas, enquanto alguns salvaram votos.
Que venha 2021!