O laboratório Citolab, empresa contratada pela Sesacre para a realização de exames no Hospital da Família Dr. Marcio Rogério Camargo em Jordão, com valores exorbitantes, após quarenta e cinco dias de contrato, não conseguiu sequer o aval da Vigilância Sanitária estadual para funcionar. Tampouco conseguiu realizar um único exame como determinado em contrato. A assinatura do termo de contratação entre Estado e Citolab foi publicado no dia 18 de março, no DOE Acre.
O caso chama atenção porque um dos itens do contrato é a realização de teste para covid-19. Logo, é algo que requer urgência, haja vista que o município apresenta um índice de 20 casos diários de infectados. Ou seja, caso a população tivesse dependendo do resultado desses exames para sobreviver, muitas pessoas poderiam estar sem vida hoje.
O Citolab é um dos principais laboratórios da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre. Sendo que a empresa conseguiu o contrato que custará 312 mil reais ao contribuinte jordanense, graças a uma carona que a Secretaria de Estado de Saúde pegou com a Prefeitura de Porto Walter.
O valor que a pasta pagará ao Citolab é 50% a mais do que o valor dos exames que é realizado pelo Biovale, laboratório com sede na cidade de Jordão. Que foi preterido pelo governo estadual, alegando que o valor praticado pela empresa de Jordão estava alto.
A discrepância representa ao governo cinquenta mil reais a mais. O que poderia ajudar na melhoria da unidade de saúde local. Porque enquanto o exame de sorologia para detectar se o paciente contraiu dengue custa 150 reais, a população paga 100 no Biovale. O de Covid-19 o Citolab receberá 250 reais por cada um, o laboratório local cobra 180.
Sem o Citolab se adequar as normas sanitárias e cumprir o contrato, os donos do Biovale vendo a necessidade da população, disponibilizou exames gratuitos ao Hospital da Família de Jordão. Basta o médico solicitar.
Atualização
Às 15h 57 min a matéria foi atualizada para corrigir uma informação. O veto foi da Vigilância estadual e não municipal, como havia sido publicado.
A informação foi corrigida pelo secretário municipal de Saúde de Jordão, Oscar Sérgio.