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    De volta as origens- depois  de 20 anos, professora  Francisca Aragão  volta ao Novo Porto para palestrar  aos professores da região. ” Um carinho de Deus comigo”, diz .  

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    Por Leandro Matthaus,  do Portal Tarauacá

    Era 29 de outubro  de 1942, quando nasceu  Francisca Aragão Leite, no seringal Novo Porto,  a época, pertencente ao município de Tarauacá. A menina que virou símbolo vivo e patrimônio humano da educação acreana, pelos seus devotados 60 anos dedicado a área  educacional,  é  filha de Ataliba Ximenes e de Maria Lima Aragão, que eram os proprietários do seringal. 

    Desde 1992, ano da emancipação  política  do município  de Jordão,   Novo Porto  pertence  ao município. De lá para  cá,  muita coisa mudou. O antigo lampião  que iluminava  o barracão dos patrões e seringueiros, deu lugar  a energia elétrica, alunos da comunidade e adjacências estudam o ensino médio  na zona rural e professores recebem curso de formação  na localidade.

    E uma das palestrantes do curso foi a conceituada professora  Francisca Aragão. A convite do prefeito Naudo Ribeiro,  ela palestrou aos docentes  e distribuiu duas coleções  de livros. Depois 20 anos, a educadora voltou novamente à terra dos pais e do irmão Bibiu Aragão,  que já foi vereador  e vice-prefeito  de Jordão.

    Professores na formação

    Para a professora  Francisca,  que em 2018 se aposentou, depois de ser Inspetora de Ensino, vereadora de Tarauacá ( pelo PSD), secretária municipal  de Educação e coordenadora do Núcleo  Estadual de Educação, voltar  ao local de seu nascimento,  é  um carinho de Deus. ” Foi uma grande emoção, tenho certeza que foi um carinho de Deus para min, estou muita grata a Deus , ao Prefeito Naudo pelo convite, e minha família na pessoa do meu Irmão Bibiu e sobrinhos, a Educação municipal na pessoa da sec.Meire Sérgio. Foi maravilhoso rever o pedaço de chão que nasci amigo, muita emoção”, descreve emocionada. ” Voltei com o coração  cheio de gratidão”.

    Carreira 

    Iniciou seus estudos no Seringal Novo Porto, em uma sala de aula, construída no barracão onde morava, com uma professora paga por seu pai. Em 1952, aos 10 anos veio para Tarauacá, estudou na escola João Ribeiro e concluiu o 1º grau em 1957. 
    Em 1958 ano começou a trabalhar como professora num programa da prefeitura com alfabetização de jovens e adultos, que funcionava no prédio da Maçonaria. 
    Em 1964 fundou o Instituto São José, na qual foi a 1ª professora. 
    Em 1968 foi para Manaus, cursar a escola normal no convento Preciosisssimo Sangue. 
    Em em 1973, concluído o curso, foi para Rio Branco cursar faculdade de pedagogia pela Universidade Federal do Acre. Enquanto estudava, continuava a trabalhar como professora. Nesse período exerceu a função de diretora das escolas Delzuíte Barroso e Plácido de Castro. 
    Em 1976 foi nomeada representante do governo estadual na educação em Tarauacá exercendo o cargo de Inspetora de Ensino, período em que fundou a Escola de Ensino Médio Dr. Djalma da Cunha Batista, onde também exerceu o gargo de diretora. 
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