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    Deputado e médico Jenilson Leite vai ao Into e fala sobre altos números de casos de Covid-19: Momento é de cautela da população e ação do poder público”

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    O número de casos de Covid-19 continua subindo no Acre, que enfrenta a terceira onda da pandemia. Somente nos primeiros cinco dias do mês de fevereiro, 4.614 pessoas testaram positivo para a doença no estado.

    Neste sábado (5), o deputado e médico infectologista Jenilson Leite visitou o Instituto Nacional De Traumatologia E Ortopedia (Into), hospital referência para o coronavírus no Acre, para verificar de perto a situação. Jenilson destacou que a situação é sim preocupante e o momento exige cautela da população e ação do poder público para avançar com a vacinação, mas frisa que apesar dos altos índices de contaminação, o número de internações segue baixo, se comparado com a primeira e segunda onda da pandemia no Acre.

    “É um momento que acende o alerta, o número de notificações está cada dia maior, mas o número de internações e mortes não se compara com a primeira e segunda ondas, isso sobretudo por causa da barreira imunológica que a vacina criou no organismo das pessoas, porém é fundamental que todos nós sigamos tomando os cuidados e que o Governo e prefeituras sigam com a principal estratégia, que é vacinando as pessoas”, disse.

    Só em fevereiro, até o dia 5, o Acre já registrou 23 mortes pela doença, incluindo a de uma criança de 10 anos. “90% das pessoas que estão morrendo não estava com o esquema vacinal completo. A gente sabe que a Covid-19 continua matando, não na taxa que estava antes, mas continua matando, afetando principalmente aquelas pessoas sem vacina ou com uma dose, crianças inclusive, embora na primeira e segunda onda, não tínhamos uma evidência maior sobre isso [morte de crianças], porque a quantidade de adultos era muito grande, mas quando a gente chegava no pronto socorro e nos interiores, víamos crianças acometidas pela doença”, explica.

    Jenilson Leite chamou a atenção também para a outro problema que o Acre enfrenta neste momento, que é a influenza. “Tudo indica que numa maior medida estão ocorrendo mais casos de Covid e num ponto de vista clínico não é possível fazer muito a diferença pois os sintomas de Covid e Influenza se parecem muito e geralmente as pessoas não estão fazendo o exame para dectar a Influenza”.