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    À CNN, Ribeiro nega que Bolsonaro tenha pedido para favorecer pastores e diz que fica no cargo

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    Em entrevista exclusiva à analista da CNN Renata Agostini nesta quarta-feira (23), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tenha feito pedido para que a pasta favorecesse uma dupla de pastores recebidos no MEC. Ele disse também que não deixará o cargo.

    Em áudios divulgados nesta semana pelo jornal “Folha de S.Paulo” Ribeiro afirma que recebeu um pedido de Bolsonaro para que a liberação de verbas da pasta seja direcionada para prefeituras específicas a partir da negociação feita por dois pastores evangélicos que não possuem cargos no governo federal.

    Ribeiro admitiu, entretanto, que foi Bolsonaro quem pediu para que os líderes religiosos fossem atendidos no ministério. “[Mas] em nenhum momento o presidente pediu tratamento especial [aos pastores]”, diz. Segundo ele, a liberação de verbas para prefeituras segue “critérios técnicos”.

    O ministro disse ainda que, após a divulgação dos áudios, falou com Bolsonaro. “O presidente me ligou em uma das viagens e disse: ‘Milton, eu não vejo nada demais no que você falou no áudio’ e que eu estava, até o momento, gozando da confiança dele”.

    “Eu não o procurei. Eu respeito muito o meu presidente. O cargo que estou é de confiança do presidente, ele conhece o meu caráter e é por isso que estou lá. Ele falou que eu permaneço, que eu fico, de acordo com a sua confiança. Foi exatamente isso que ele falou”, disse Ribeiro.

    O titular da pasta diz estar à disposição dos presidentes da Câmara e do Senado para prestar esclarecimentos e garantiu que não pedirá demissão. “Nunca pensei [em pedir para sair]. Eu acho que tortuoso é o caminho de um homem carregado de culpa. O meu caminho está reto, não tenho o que falar.” “Estou firme [no cargo]. Eu quero deixar um legado para minha geração”, concluiu.

    Por CNN Brasil