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    Sem relator, privatização dos Correios entra em limbo no Senado

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    Por Levy Guimarães 

    Listado como uma das prioridades do governo Jair Bolsonaro para 2022, o projeto que abre caminho para a privatização dos Correios está sem perspectivas no Congresso.

    Aprovada em 2021 pela Câmara dos Deputados, a proposta está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. No final do ano passado, houve mais de uma tentativa de votação no colegiado, mas após avaliar que haveria um risco alto de derrota, o então líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), pediu a retirada de pauta.

    Desde o início deste ano, em vez de avançar, o projeto está ainda mais distante da aprovação. O senador Márcio Bittar (União Brasil-AC), que assumiu a relatoria em outubro, renunciou à função por não haver uma nova perspectiva de deliberação. 

    Também não há, por parte do Planalto, um encaminhamento para fazer a matéria avançar. Desde dezembro, o governo está sem um líder formal no Senado, depois de Bezerra Coelho ter deixado o posto.

    O presidente da CAE, senador Otto Alencar (PSD-BA), não pretende pautar o projeto e não vê condições de votação no último ano de mandato de Jair Bolsonaro. Opositor do governo, ele menciona que os Correios obtiveram um lucro histórico de R$ 3,7 bilhões em 2021.