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    Como o próximo supercontinente da Terra vai se formar

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    Há quase 500 anos, o cartógrafo flamengo Gerardus Mercator produziu um dos mapas mais importantes do mundo.

    Certamente não foi a primeira tentativa de se criar um atlas mundial, e tampouco era particularmente preciso: a Austrália está ausente, e as Américas estão apenas esboçadas.

    Desde então, os cartógrafos produziram versões cada vez mais precisas desse nosso arranjo continental, corrigindo os erros de Mercator, assim como os vieses entre hemisférios e latitudes criados por sua projeção.

    Mas o mapa de Mercator, junto a outros produzidos por seus contemporâneos do século 16, revelou uma imagem verdadeiramente global das massas terrestres do nosso planeta — uma perspectiva que, desde então, povoa a mente das pessoas.

    O que Mercator não sabia é que os continentes nem sempre foram organizados desta maneira. Ele viveu cerca de 400 anos antes de a teoria das placas tectônicas ser confirmada.

    Ao olhar para a posição dos sete continentes em um mapa, é fácil supor que são fixas. Durante séculos, os seres humanos têm travado guerras e selado acordos de paz para conquistar esses territórios, supondo que a terra deles — e de seus vizinhos — sempre esteve e sempre estará lá.

    Da perspectiva da Terra, no entanto, os continentes são folhas à deriva em um lago. E as preocupações humanas são uma gota de chuva na superfície da folha.

    Os sete continentes já estiveram reunidos em uma única massa, um supercontinente chamado Pangeia. E, antes disso, há evidências de outros que remontam a mais de três bilhões de anos: Panótia, Rodinia, Columbia/Nuna, Kenorland e Ur.

    https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/04/17/como-o-proximo-supercontinente-da-terra-vai-se-formar.ghtml