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    Justiça autoriza exumação de corpos de duas crianças que morreram carbonizadas no Acre

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    A 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco autorizou a exumação dos corpos de Caio e Diogo Evangelista Monteiro, de 2 e 4 anos, respectivamente, que morreram carbonizados no dia 19 de dezembro de 2020, no bairro Portal da Amazônia, na capital, para retirar novas amostras biológicas. No incêndio também morreu a irmã dos meninos, Vitoria Sofia, de 8 meses. A mãe havia saído para um bar e deixado as crianças sozinhas.

    pedido foi feito em outubro de 2021 pela Polícia Civil do Acre porque, segundo o Instituto de Análises Forenses, as análises de DNA feitas nos restos mortais (dentes de leite) de Caio e Diogo não revelaram a presença de DNA para estabelecer vínculo genético com o material fornecido pela mãe deles, Jociane Evangelista.

    Conforme os autos, a direção do Instituto de Análises Forenses ainda consultou o Instituto Médico Legal, mas não tinham outras amostras das crianças para realização de novos exames de DNA. Portanto, foram solicitadas novas amostras biológicas que podem ser obtidos pela exumação das vítimas. O Instituto de Análises Forenses ainda aguarda a resposta ao pedido.

    No caso da terceira vítima, Vitoria Sofia, a perícia conseguiu identificar a presença de DNA para análise e, portanto, não vai ser necessária exumação.

    “Desta forma, considerando que não há outra maneira de se extrair novas amostras biológicas para realização de novas tentativas de extração de DNA de Caio e Diego objetivando a comprovação do vínculo genético, vislumbro a presença de justa causa para a realização da exumação dos restos mortais das referidas vítimas”, disse o juiz de Direito, Cloves Augusto Alves Cabral Ferreira.

    Processo

    A mãe da criança, Jociane Monteiro, deveria ter sido ouvida em 19 de outubro de 2021 na 4ª Vara Criminal de Rio Branco, mas a audiência foi adiada porque o advogado dela renunciou a defesa. No início de outubro, o advogado Leonardo Vasconcelos renunciou o caso e, por isso, uma nova audiência precisava ser designada.

    Na decisão de deferimento do pedido de exumação dos cadáveres, a Justiça determinou que fosse constituído um novo defensor para Jociane. No processo é citado um defensor público, mas a reportagem não conseguiu contato com ele.