O debate sobre o avanço do desmatamento dentro das unidades de conservação ambiental no Acre tem sido recorrente entre entidades e órgãos responsáveis por essas áreas. Inclusive, ano passado, uma das maiores áreas de proteção do estado, a unidade de conservação Resex Chico Mendes liderou o ranking de ameaça de desmatamento de um estudo feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Luíza Carlota, vice-presidente da associação, deu declarações em anos anteriores afirmando que muitas famílias da Resex já não viviam mais do extrativismo e teriam migrado para a agropecuária, o que teria contribuído para esse desmatamento.
Ela foi categórica ao dizer que a ausência do Estado é o que acaba interferindo na preservação ambiental das unidades e que o governo federal não aloca recursos para as famílias que vivem dentro da Resex.
“Não tem política de sustentabilidade, a não ser um projeto alemão que compra borracha produzida aqui dentro. Além de tudo, o plano da Resex está defasado, já existe uma quantidade bem maior de famílias que não têm condições de trabalhar aqui dentro. Não tem mais uma produção extrativista forte e estamos sendo punidos por desmatar locais para plantar mandioca, por exemplo”, chegou a criticar na época.