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    Taxa de desemprego fica estável, mas renda continua em queda

    Por correio braziliense

    A taxa de desocupação ficou em 11,1% no trimestre encerrado em março e foi a menor para o período desde 2016, mostrado estabilidade no desemprego no Brasil. O número de pessoas em busca de uma vaga, no entanto, permanece elevado: 11,9 milhões. Além disso, o número de trabalhadores na informalidade permanece acima dos 40% e a renda disponível está quase 9% abaixo do verificado um ano atrás.

    Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre imediatamente anterior (outubro a dezembro de 2021), havia 12 milhões de pessoas desempregadas, segundo o IBGE. Em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando 15,3 milhões de pessoas não tinham emprego, houve recuo de 21,7%.

    A taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre de outubro a dezembro, a taxa havia sido de 40,7% e, no mesmo trimestre de 2021, de 39,1%.

    O rendimento real habitual dos trabalhadores foi de R$ 2.548. O valor aumentou 1,5% em relação ao trimestre anterior, mas recuou 8,7% em comparação a igual trimestre de 2021. A massa de rendimento real habitual somou R$ 237,7 bilhões e não teve variação estatisticamente significativa nas duas comparações.

    De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, a estabilidade da taxa de desocupação é explicada pelo fato de não ter havido crescimento na busca por trabalho no trimestre, movimento contrário aos meses anteriores, quando a procura por emprego aumentou.