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    Investigação vai apurar se houve ajuda para acesso dos presidiários às armas

    Por Ecos da notícia

    No início da tarde desta quinta-feira, 27, a cúpula da Segurança Pública do Acre concedeu entrevista coletiva para falar sobre as quase 24 horas de rebelião no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, que culminou com a morte de cinco detentos, alguns deles decapitados.

    O titular da Sejusp, Américo Gaia, destacou que a instalação de um gabinete de crise garantiu que a negociação seguisse o fluxo normal para este tipo de situação. “As negociações seguiram o fluxo normal para convencer os presos a entregar as armas que estavam em seu poder”, disse.

    A grande resposta que a segurança pública vai em busca agora é exatamente como os presos, em um presídio considerado de segurança máxima, conseguiram chegar ao depósito de armas. Para policiais penais consultados pela reportagem, e que pedem para não serem identificados, é muito provável que tenha ocorrido algum tipo de facilitação. Gaia disse que ainda é imaturo qualquer posicionamento sobre o assunto. “Queremos saber como eles tiveram acesso ao depósito de armas, mas isso só vai ser possível com a conclusão das investigações. Falar em facilitação agora é imaturo e temos que aguardar a análise pericial e depoimentos para elucidar os fatos”, afirmou o secretário de Segurança Pública.

    Gaia disse ainda que o caso é tratado, inicialmente, como uma tentativa de fuga e não uma rebelião. “Eles tentaram empreender fuga, mas foram contidos pelos policiais penais. As únicas exigências que fizeram foi a presença do Ministério Público, de um advogado e da imprensa”, destacou.

    Uma das primeiras atitudes dos presos ao tomar o prédio foi inutilizar as câmeras de vigilância, mesmo assim, a polícia civil espera conseguir algumas imagens que ajudem a desvendar a ocorrência no presídio.

    Reforço na segurança para evitar retaliações

    Outro ponto abordado na coletiva foi em relação a possíveis ataques motivados por retaliação pela morte de integrantes de organização criminosa. Américo Gaia garantiu reforço no policiamento tanto na capital, quanto no interior. “Estamos intensificando o policiamento ostensivo tanto em Rio Branco quanto no interior nos pontos apontados pela nossa inteligência. Nos municípios onde temos presídios também estamos tomando providências para a prevenção de qualquer tipo de retaliação”, disse.

    O comandante da PM no Acre, Luciano Dias, informou que no início da tarde de hoje, quatro homens que iriam promover um ataque contra criminosos rivais na região do 2º Distrito da capital acreana foram presos por policiais militares.