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    Funcionário de prefeitura do interior do AM não embarcou em avião que caiu por atraso em exame: ‘abalado’

    Por Victor Lebre, g1 AC

    Um servidor municipal de Eirunepé, no interior do Amazonas, quase embarcou na aeronave que caiu com 12 pessoas próximo ao Aeroporto Internacional de Rio Branco, na manhã deste domingo (29). Alex Souza é instrumentador cirúrgico em Eirunepé, e está em Rio Branco com o filho, para fazer exames. Souza disse à Rede Amazônica Acre que só não embarcou porque o resultado dos exames atrasou.

    “Eu também tinha que ir nesse voo, mas infelizmente o exame do meu filho não estava pronto, e ontem [sábado, 28], eu liguei adiando. E aí, eu soube da notícia da queda dessa aeronave. O prefeito de Eirunepé, Raylan Barroso, ligou para mim, já para poder dar apoio para os familiares dessas vítimas, e com isso, fazer o translado das vítimas para o município de Eirunepé”, relatou.

    Souza diz que a viagem de Eirunepé a Rio Branco foi a primeira vez que embarcou nesse avião. Ele diz que se sente abalado com o acidente, e se solidariza com as famílias.

    “É uma situação que você fica constrangido. Pelo motivo de saber que hoje poderia estar aqui. A questão do acidente, você pode estar em óbito, e imagina os familiares, mãe, pai, eu, que deixei minha filha lá, e acontecer isso. Quero colocar meus sentimentos aos familiares, de Eirunepé, das vítimas, e dizer que a gente está com o coração abalado e partido pelo que aconteceu”, acrescentou.

    O avião decolou de Rio Branco e ia para Envira e depois Eirunepé, no Amazonas, mas caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília). Na aeronave estavam 6 homens, 3 mulheres e 1 criança de um ano e sete meses, além do piloto e copiloto, segundo uma lista de passageiros obtida pelo g1.

    Segundo o governo do Acre, todas as doze pessoas a bordo morreram. Os registros da Anac mostram que a aeronave estava em situação regular.

    Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. Um vídeo (acima) mostra o incêndio no local, que foi controlado por volta das 11h do domingo. Conforme o Corpo de Bombeiros, por ser em um local de difícil acesso, o combate às chamas precisou ser feito apenas com extintores.