A presença de navios da Rússia, do Canadá e dos Estados Unidos nas imediações de Cuba aumentou o clima de tensão entre o Ocidente e o país de Vladimir Putin.
O navio da Marinha canadense chegou bem cedo, nesta sexta-feira (14), às águas de Havana. Poucas horas depois de o submarino de ataque rápido americano atracar na base naval de Guantánamo, em Cuba.
Embarcações russas foram as primeiras a chegar, na quarta-feira (12). Três navios e o submarino nuclear Kazan tinham participado de um treinamento com mísseis de alta precisão no Oceano Atlântico. Nos últimos dias, centenas de cubanos visitaram a fragata russa – que deve permanecer no porto de Havana até dia 17.
Os três países negam que o envio de militares ofereça ameaça. O conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, minimizou as preocupações e disse que movimentações militares russas em Cuba já foram feitas durante governos anteriores.
Já a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores russo disse que o Ocidente nunca presta atenção quando a Rússia usa canais diplomáticos.
“Por que apenas sinais relacionados ao nosso Exército e à nossa Marinha chegam ao Ocidente?”, questionou Maria Zakharova.
Em 1962, a então União Soviética desembarcou mísseis nucleares em Cuba, provocando um bloqueio naval americano à ilha. O evento é considerado o momento mais tenso da Guerra Fria. Um acordo entre soviéticos e americanos, mantido em segredo por anos, pôs fim à ameaça e abriu caminho à retirada das armas da ilha cubana.