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    Área desmatada na Amazônia é a menor em 7 anos

    Por g1

    A Amazônia encerrou 2024 com números contrastantes. No Cerrado, a notícia é boa.

    As marcas do desmatamento às vezes ficam escondidas, mas não escapam dos satélites. Em 2024, o sistema Deter, do Inpe, que faz alertas de desmatamento em tempo real, registrou queda na área devastada no Cerrado. Foram 5.858 km² – 25% a menos que no ano anterior, quando a destruição atingiu o pico da série histórica, iniciada em 2018. Em 2024, foi implementado um plano de prevenção.

    “Grande parte do desmatamento que ocorre no Cerrado é um desmatamento legal. A medida que essa implementação foi feita e o arranjo político, que foi feito com os governadores, com os prefeitos para trabalhar essa questão de maior fiscalização, esse resultado começou a aparecer. E agora, esse ano, o desmatamento no Cerrado já caiu significativamente com relação aos anos anteriores”, afirma Cláudio de Almeida, pesquisador do Inpe.

    Os satélites também identificaram uma redução no desmatamento da Amazônia em 2024. A área de floresta derrubada atingiu o pico em 2022. Naquele ano, foram mais de 10 mil km² desmatados. Em 2023, houve uma queda de 50% e, em 2024, uma nova queda, agora de 19% – 4 mil km² de floresta foram destruídos. O número é o mais baixo desde 2017. Mas, colocado em perspectiva, ainda é muito grande: é como se, apenas em 2024, o Brasil tivesse perdido uma área de floresta do tamanho do município de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.