Em meio a denúncias de limpeza étnica e genocídio, o Ministério da Defesa da Síria anunciou nesta segunda-feira (10) a conclusão das operações militares para combater apoiadores remanescentes do ex-ditador Bashar al-Assad, deposto em dezembro.
Os confrontos entre os leais a Assad e os novos governantes islamistas do país já deixaram mais de 1.000 mortos, a maioria civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A violência começou na última quinta-feira (6), após o novo governo sírio reprimir uma insurgência da minoria alauita, etnia à qual pertence Bashar al-Assad, nas províncias de Latakia e Tartous, na costa noroeste do país.
O novo governo da Síria é formado por uma coalizão de grupos rebeldes que tomaram o poder de Assad em uma ofensiva-relâmpago em dezembro de 2024. Os rebeldes eram liderados pelo grupo Hayat Tahrir al Sham (HTS) —Organização para Libertação do Levante, em português. O atual presidente do país, Ahmad al-Sharaa, era o chefe do HTS.
Segundo o OSDH, que tem sede no Reino Unido e possui uma extensa rede de informantes na Síria, foram mortos 745 civis, 125 membros das forças de segurança sírias e 148 combatentes leais a Assad. As autoridades sírias não informaram nenhum número oficial de mortos.