CV tinha “rooftop do tráfico” com passagens secretas na Rocinha

Foi iniciada, nesta quinta-feira (26/6), uma ação integrada para derrubar três edifícios de alto padrão construídos pelo Comando Vermelho (CV) na Rocinha. Segundo a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), os imóveis tinham piscina de luxo, área gourmet e até parede falsa com túnel de fuga para a mata da região.

Análises de engenheiros da Prefeitura apontam que as construções, realizadas sem licença ou autorização municipal, custaram cerca de R$ 6 milhões aos responsáveis.

Os edifícios, localizados na região da Dionéia, em uma área de aproximadamente 2 mil m², tinham de dois a sete andares e apresentavam risco de desabamento após o desmatamento de uma encosta.

Os imóveis possuíam acabamento interno de alto padrão, incluindo piscinas e área gourmet. Em um deles, os agentes encontraram churrasqueira, freezer abastecido e uma esteira de corrida.

O espaço era todo monitorado internamente por câmeras de segurança. Já no segundo imóvel, situado em um edifício de sete andares, havia uma piscina com cascata e uma parede falsa, que funcionava como túnel e dava acesso à mata.

No edifício, os agentes também localizaram uma área de lazer, que continha piscina e churrasqueira. Toda a área foi demolida.

“O foco dessa operação é a demolição de três imóveis, que, segundo as investigações do Ministério Público, são usados por traficantes de drogas e, do ponto de vista administrativo, são construções absolutamente ilegais, sem licença, que colocam em risco não só o cumprimento da legislação urbanística, mas também o meio ambiente”, destacaou o Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

Participaram da ação: a Secretaria de Ordem Pública, o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema/MPRJ), e a Polícia Militar.

A ação também tem o apoio do Ministério Público do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco/MPCE), e da Polícia Civil do Estado do Ceará.

Também participaram da operação agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Secretaria de Assistência Social e da RioLuz.

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