O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (12/6), as reações de políticos nas redes sociais. A declaração acontece depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixou a reunião conjunta da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados depois de confusão com deputados bolsonaristas.
“Há uma certa raiva no ar. Um certo desconforto entre a humanidade. Há muita intriga, muito ódio, muito xingamento. O Pacheco é senador. Mesmo na câmara, é um clima muito ruim. Tem deputado que não quer falar; ele só quer pegar o celular, olhar na cara dele, falar uma bobagem e passar para frente. As pessoas estão aprendendo a viver de mentiras. Todo mundo aqui sabe: a verdade engatinha, a mentira voa”, destacou o presidente Lula.
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Durante a reunião, na quarta-feira (11/6), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) chamou Fernando Haddad de “moleque”. O parlamentar respondeu a uma provocação do ministro da Fazenda que criticou o baixo coro de integrantes da oposição na comissão.
O ministro da Fazenda esteve na Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos a respeito da compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.
Ao longo do encontro, Haddad criticou a postura dos parlamentares da oposição. “Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas [Ferreira (PL-MG)] sumiu, [veio aqui] só para aparecer. Pessoas falaram, ‘agora tenha maturidade’. E corre daqui, não quer ouvir explicação, quer ficar com o argumento dele. Não quer dar chance de o diálogo fazê-lo mudar de ideia.”
“Esse tipo de atitude não é boa. Venho aqui para debater. Esse tipo de atitude de alguém que quer aparecer na rede e some. É um pouco de molecagem, e isso não é bom para a democracia”, finalizou o ministro da Fazenda.
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A equipe da Fazenda vê potencial arrecadatório e de geração de emprego da medida
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A participação de Haddad na reunião na Câmara aconteceu antes da publicação da medida provisória (MP) e do decreto que revisa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).