A vaquinha criada para Agam Rinjani, guia voluntário da Indonésia que tentou ajudar no resgate da brasileira Juliana Marins, foi cancelada. A arrecadação do dinheiro tinha sido criticada após doadores descobrirem que a plataforma tinha uma taxa de 20% sob o valor doado.
O valor seria destinado para Agam Rinjani , que ficou muito conhecido após ajudar no resgate de Juliana Marins no Monte Rinjani, na Indonésia. A brasileira caiu durante uma trilha no vulcão no dia 21 de junho e aguardou resgate ao longo de quatro dias. Juliana foi encontrada sem vida no dia 24 de junho, quando o resgate chegou onde ela estava.
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Juliana Marins posa de óculos escuros e sorridentes
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Juliana Marins e pai, Manoel Marins
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Agam Rinjani
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Agam Rinjani tentou ajudar brasileira em vulcão
- Nas últimas semanas, a história de Juliana Marins, a brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, comoveu o país.
- No centro dessa saga, está o guia Agam Rinjani, um alpinista experiente que não mediu esforços para tentar resgatar Juliana em um terreno extremamente difícil e inóspito.
- Agam voluntariamente organizou uma equipe de resgate para tentar salvar Juliana.
- Ele é conhecido por ter profundo conhecimento da região e pela coragem em enfrentar desafios naturais que poucos se aventuram a encarar.
- Ele e um parceiro foram diariamente em direção ao local do acidente, que fica a mais de seis horas do início da trilha, em meio a condições adversas como visibilidade muito ruim e terreno escorregadio.
- Nas redes sociais, Agam Rinjani recebeu uma enxurrada de homenagens pela solidariedade com a brasileira.
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Entenda o cancelamento da vaquinha
Após tentar ajudar no resgate de Juliana, o povo brasileiro se uniu para fazer uma vaquinha para ajudar Agam Rinjani. A expectativa era arrecadar R$ 500 mil para que ele pudesse comprar novos equipamentos de resgate.
Contudo, a descoberta de que a plataforma onde o dinheiro estava sendo arrecado cobrava 20% de taxa causou polêmica na web. Do valor arrecadado de R$ 522.305,53, quando a vaquinha foi encerrada, os organizadores ficariam com cerca de R$ 104 mil do total das doações.
A situação repercutiu mal nas redes sociais e causou o cancelamento da vaquinha por parte da plataforma Voaa e o perfil Razões Para Acreditar, que eram os responsáveis pela campanha.
Em nota, eles afirmaram que a decisão ocorreu após “ataques, ameaças, informações falsas e mensagens de ódio” e esclareceram que a “discussão em torno da Vaquinha do Agam desviou a atenção da essência da campanha”.
O que acontece com o dinheiro doado?
Ainda de acordo com a nota da Voaa e do perfil Razões Para Acreditar, o dinheiro arrecadado será devolvido integralmente para cada pessoa que doou para a vaquinha.
O prazo determinado foi até esta segunda-feira (30/6) e será feito pelos meios de pagamentos originais, sem necessidade de ação adicional dos doadores e respeitando prazos de cada meio. “Pedimos sinceras desculpas a todos que possam ter se sentido desconfortáveis, enganados ou desrespeitados”, finalizaram em nota.
Decisão causou polêmica
Mesmo após o cancelamento da vaquinha, a situação causou ainda mais polêmica. Nos comentários da nota postada pelos perfis da Voaa e do perfil Razões Para Acreditar, seguidores criticaram a decisão.
“Nossa, sacanagem hein. Vocês foram atrás dele, ele nem queria, agora foram gerou expectativa e vão cancelar porque não aguentam algumas críticas? A internet é isso, poderia ser uma taxa um pouco menor? Poderia, mas preferiram não destinar nada do que abrir mão de uma porcentagem?”, rebateu uma seguidora.
Outra pessoa, condenou a decisão. “De todas as opções vocês escolheram a pior de todas, meu deus. Poderiam ter dado a opção de devolução pra quem quisesse e só”, afirmou.
O Metrópoles tentou contato com o Razões para Acreditar para saber mais detalhes sobre cancelamento da vaquinha e abrir um espaço para comentarem as críticas à decisão. O espaço segue aberto.
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