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    Assassino que ficou 25 anos foragido aguarda para saber se vai a Júri

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    O homem que passou mais de 25 anos foragido da Justiça do Distrito Federal aguarda o Tribunal de Justiça (TJDFT) decidir se será levado a julgamento pelo Tribunal do Júri. Francisco Edson Pereira, condenado por homicídio cometido em 1999, no Gama, foi preso em fevereiro deste ano, em Roraima.

    A fase de instrução do processo de Francisco foi concluída no último dia 5. Na audiência de instrução, são ouvidas as declarações das testemunhas, esclarecimentos dos peritos, as acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas. Depois, o acusado é interrogado e, por último, são feitas as alegações, que é a apresentação final de argumentos pelas partes, tanto acusação como defesa.

    Nesta segunda-feira (14/7), o Ministério Público do DF (MPDFT) apresentou as alegações finais. Agora, a juíza responsável pelo caso decidirá se o acusado será julgado por júri popular ou não.

    Entenda o caso

    • Francisco Edson Pereira trabalhava como repositor em um supermercado no Gama quando, no dia 1º de maio de 1999, esfaqueou José Eroaldo, que faleceu no local.
    • Um mandado de prisão preventiva foi emitido, mas Francisco permaneceu foragido. Em março de 2000, o MPDFT formalizou denúncia apontando que o homicídio teve motivo torpe — o criminoso teria desavenças com a vítima.
    • Em 2013, após várias tentativas sem sucesso de localizá-lo, o processo foi suspenso. Até que, em junho de 2024, a Promotoria de Justiça do Gama retomou as investigações, o que levou à prisão do réu em fevereiro de 2025.
    • Francisco foi localizado em um sítio na zona rural de Rorainópolis, município situado a 260 km de Boa Vista (RR), em 24 de fevereiro deste ano. Ele foi detido pela Polícia Civil de Roraima e transferido para o DF.
    • Em Rorainópolis, o indivíduo usava um nome falso.
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    À época da captura de Francisco, o promotor de Justiça Marcelo Henrique de Azevedo Souza ressaltou o trabalho do MPDFT. “A prisão do mais antigo foragido do Distrito Federal demonstra o compromisso contínuo do Ministério Público com a proteção da sociedade e a busca por justiça para as vítimas e seus familiares”.