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    Ceará investe em segurança hídrica e garante abastecimento do estado

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    Quando a chuva diminui, o Ceará não espera o colapso: age. A segurança hídrica, cada vez mais urgente diante das mudanças climáticas, virou prioridade no estado, que tem apostado na união entre órgãos públicos, ciência e obras estruturantes para garantir que a água continue chegando à população, mesmo nos períodos mais secos.

    Neste ano, o estado encerrou a sua estação chuvosa com 55,1% de suas reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela COGERH (Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos), o que equivale a aproximadamente 10,2 bilhões de metros cúbicos de água.

    Coordenada por um comitê que integra a Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e outras entidades, a iniciativa monitora de perto os dados de chuvas, estiagem e níveis dos açudes. A informação orienta ações em todo o Ceará: campanhas de consumo consciente, novas adutoras, barragens e programas de captação e reuso de água.

    foto colorida de uma barragem hidráulica tirada por cimaO reuso de água, principalmente pelas indústrias, tem contribuído para a redução do consumo do recurso natural

    Entre as principais iniciativas está o Ramal do Salgado, que vai levar água do Projeto de Integração do São Francisco para o interior do Ceará, beneficiando mais de 5 milhões de pessoas. Já o Cinturão das Águas do Ceará — que avança com reforço de trabalhadores e máquinas — é uma das maiores obras do país na área e foi pensado para distribuir água por todo o território de forma inteligente.

    Nas regiões mais remotas, o Programa Cisternas e o Projeto Água Doce são um alívio para quem depende da natureza para sobreviver. Só em 2024, mais de 11 mil cisternas foram instaladas em 80 municípios, garantindo água potável até nos períodos de seca severa.

    foto colorida de uma barragem hidráulica tirada por cimaO Ceará tem diversificado suas fontes de água, incluindo água subterrânea e reuso

    Gestão e inovação para garantir o futuro

    Ao todo, o Ceará monitora 157 barragens públicas e realiza inspeções regulares, além de fiscalizar barragens particulares e mapear possíveis riscos. A Cogerh é responsável por essa vigilância permanente e pela operação dos principais reservatórios do estado.

    Em paralelo, cresce o uso de águas subterrâneas, a dessalinização, e o reuso da água por indústrias, medidas que ajudam a aliviar a pressão sobre os mananciais e diversificar a matriz hídrica.

    foto colorida de uma barragem hidráulica tirada por cimaO governo tem adotado medidas para reduzir o consumo de água e aumentar a oferta, como a construção de adutoras e a gestão de recursos hídricos de forma integrada

    Aposta estratégica

    A segurança hídrica não se resume a obras ou reservatórios cheios. Ela envolve planejamento, trabalho conjunto e olhar para o futuro.

    Como parte desse esforço, o Ceará está construindo o Plano Estadual de Segurança Hídrica, com apoio do Banco Mundial, para definir metas e garantir água em qualidade e quantidade suficiente para todos.

    Com 51% das reservas hídricas cheias no fim de março de 2025, o estado mostra que, com responsabilidade, tecnologia e solidariedade, é possível conviver com o semiárido. No Ceará, água é vida — e cuidar dela é política de Estado.

    GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ 

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