O presidente Lula não seguirá o caminho do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT), que criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de suspender o decreto que aumentava a taxa do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Ministros do Palácio do Planalto afirmaram à coluna que o movimento de Moraes foi um gesto de “equilíbrio” no embate entre o governo e o Congresso Nacional, já que o magistrado também considerou que parlamentares invadiram a competência do Poder Executivo ao vetar a iniciativa.
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Líder do PT diz que decisão de Moraes no STF “tem consequências”
Auxiliares de Lula avaliam que, agora, Moraes terá de oferecer uma “alternativa” para contornar o imbróglio fiscal da União, que pretendia aumentar a arrecadação com o IOF e viu a iniciativa fracassar.
O tom das conversas entre o presidente e o magistrado, contudo, será cordial, abaixo do usado pelo líder do PT ao contestar a decisão do ministro. Nesta sexta-feira (4/7), Lindbergh Farias disse que o “texto constitucional é claro” e que o movimento de Moraes terá “consequências”.
“Tenho receio de que essa decisão do ministro Alexande de Moraes, ao não decidir, reforce esse ataque ao texto constitucional e às competências do Poder Executivo e do próprio Supremo Tribunal Federal”, disse o parlamentar.
Na Câmara dos Deputados, a oposição festejou a decisão do STF, uma vez que, na prática, o decreto de Lula foi derrubado.