O empresário Eike Batista ocupa a 15ª posição entre pessoas físicas na lista de inscritos em dívida ativa da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com um débito total que ultrapassa R$ 4 bilhões. A maior parte do valor se refere a tributos, enquanto cerca de R$ 375 mil correspondem a dívidas previdenciárias.
Eike iniciou a abertura de capital de suas empresas a partir de 2006, dando origem ao grupo de companhias que ficou conhecido como “Império X”, formado por OGX (petróleo), MMX (mineração), OSX (estaleiros), LLX (logística portuária) e MPX (energia).
Em 2012, ele chegou a figurar como o 7º homem mais rico do mundo na lista anual de bilionários da revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. Na época, era o homem mais rico do Brasil e o segundo da América Latina, atrás apenas do mexicano Carlos Slim.
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Eike Batista e a então presidente Dilma Rousseff
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Eike e Dilma
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Eike Batista na CPI do BNDES
Michael Melo/Metrópoles
Relação com Lula e Dilma
O empresário manteve uma relação próxima com os governos Lula (1º e 2º mandatos) e Dilma. Durante esse período, tornou-se símbolo da expansão de obras de infraestrutura impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), atraindo recursos de bancos públicos como o BNDES para financiar projetos de exploração de petróleo, construção naval e logística.
A derrocada começou quando as promessas de produção da OGX, sua petroleira, não se concretizaram, frustrando o mercado. A partir de 2012, as ações das companhias do grupo despencaram na Bolsa de Valores, levando o conglomerado a um dos maiores processos de recuperação judicial do país.
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Em 2017, Eike Batista foi preso pela Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ele foi acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por supostamente pagar propina a agentes públicos, como o ex-governador Sérgio Cabral. Chegou a cumprir parte da pena em regime fechado, mas atualmente responde em liberdade por decisão judicial.