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    Entenda o motivo do Zoo de Brasília ainda não ter data para reabertura

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    O Zoológico de Brasília está há pouco mais de um mês fechado devido a casos de gripe aviária. Entre 28 de maio e o início de julho, dois casos da doença foram registrados em aves que estavam no local, o que levou à interdição. Atualmente, mesmo sem novos casos, o Zoo segue sem data prevista para a reabertura.

    A autorização para a retomada das visitações depende da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF). Procurada, a pasta informou que o grande fluxo de aves migratórias ainda exige atenção.

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    “Ainda não temos uma data definida para a reabertura. Neste momento, ainda existem aves migratórias presentes em Brasília, o que exige atenção redobrada por parte da nossa equipe técnica”, diz a nota.

    “Felizmente, não houve registro de novos casos até o momento e seguimos dentro do prazo determinado. Por precaução, continuamos o monitoramento rigoroso. Nosso compromisso é garantir que a reabertura do Zoológico ocorra com total segurança para os animais, visitantes e profissionais”, completa.

    Entenda o que é a gripe aviária

    • Também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos, no entanto, com um baixo risco.
    • Entre os principais sintomas apresentados nas aves, estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.
    • Todas as suspeitas de gripe aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.

    Casos de gripe aviária

    O Zoo foi interditado em 28 de maio após um irerê e um pombo serem encontrados mortos dentro do estabelecimento. Nesse caso, nenhum dos animais fazia parte do plantel do Zoo, mas o local foi fechado e amostras coletadas. Poucos dias depois, veio a confirmação de que o irerê estava infectado com a H5N1.

    A interdição foi estendida para 13 de junho. Porém, um dia antes, uma nova suspeita de gripe aviária foi identificada. Dessa vez, um emu — ave de origem australiana — do plantel do Zoo apresentou sintomas compatíveis com a doença. Devido à evolução do quadro, o animal foi sacrificado e amostras dele foram encaminhadas para análise.

    Em 16 de junho, um laudo técnico confirmou a presença do vírus da gripe aviária no emu. Desde então, o Zoo permanece fechado e sem previsão de reabertura.