MAIS

    Fávaro defende solução rápida às taxas dos EUA: “Extrema importância”

    Por

    O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro afirmou, nesta terça-feira (15/7), que o governo deve intensificar a busca de alternativas às taxas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com ele, a resolução da questão é de “extrema importância”, uma vez que não é possível, em 10 ou 15 dias, dar destino a tudo que se produz no Brasil e é vendido aos EUA.

    “A determinação do presidente Lula é que este papel seja intensificado, achar alternativas para esta produção brasileira”, disse ele.

    Os representantes do agronegócio se reuniram com o ministro do Desenvolvimento, Industria e Comércio (MIDC), Geraldo Alckmin, durante a tarde, para tratar sobre as medidas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

    Na semana passada, Trump anunciou taxação de 50% para produtos brasileiros. A medida gerou preocupação entre os setores produtivos, principalmente o agronegócio, um dos mais afetados com as tarifas impostas.

    As declarações de Fávaro foram dadas após a reunião. O setor também se posicionou a favor de medidas que busquem alternativas. Roberto Perosa, membro da Associação Brasileira da Indústria de Carne Bovina (ABIEC), afirmou que são mais de 30 mil toneladas produzidas no porto ou nas águas indo a caminho dos EUA.

    Leia também

    “A sugestão é a prorrogação do início dessa taxação. Há contratos em andamento, não dá tempo de desfazer, e nós complementamos a produção americana”, disse.

    Já Márcio Ferreira, representante do Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), disse que o Brasil exportou 50,4 milhões de sacas, sendo 8,2 milhões só para os EUA, e que o café brasileiro é o mais competitivo.

    Guilherme Coelho, da Abrafrutas, apontou que a manga é um produto que causa preocupações: “São dois meses e meio, onde o vale do São Francisco, que produz 90% de toda a manga do Brasil, está em pane. Não sabemos o que fazer; significa 2,5 mil contêineres de manga para os EUA, tudo planejado há seis meses e organizado. Envolve os pequenos e grandes produtores, já temos tudo organizado, e estamos inseguros”, destacou.