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    Para deputados, Trump “matou” anistia com o tarifaço

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    Líderes partidários da Câmara avaliam que a decisão de Donald Trump de impor tarifaço sobre as importações brasileiras não só prejudica a imagem de Jair Bolsonaro, como também inviabiliza o projeto da anistia.

    Na avaliação de deputados, o Congresso não teria como, em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, ceder a uma exigência de uma potência estrangeira que tenta influenciar os rumos de decisões judiciais brasileiras.

    3 imagensO presidente da Câmara, Hugo MottaHugo Motta, presidente da Câmara, durante votação da derrubada do decreto do IOFFechar modal.1 de 3

    Presidente da Câmara, Hugo Motta, conversa com líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), no plenário da Câmara

    Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles2 de 3

    O presidente da Câmara, Hugo Motta

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 3

    Hugo Motta, presidente da Câmara, durante votação da derrubada do decreto do IOF

    VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

    Nesse cenário, mesmo que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estivesse articulando projeto de consenso sobre a anistia com Bolsonaro, a possibilidade de votar o tema agora seria remota.

    A anistia para os condenados no 8 de Janeiro, incluindo Bolsonaro, é uma das exigências alardeadas pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que Trump recue da taxação de 50% sobre importações brasileiras.

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    Em carta assinada junto ao jornalista Paulo Figueiredo, Eduardo conclama o Congresso Nacional a “liderar” o processo para impedir a taxação, aprovando a anistia “ampla, geral e irrestrita” no chamado “inquérito do golpe”.

    “Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão — especialmente on-line — e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder”, diz a carta.