O presidente Lula mirou as eleições de 2026 ao escalar seu vice e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para mediar as conversas com os empresários sobre o tarifaço imposto por Donald Trump.
Nesta terça-feira (15/7), por ordem do presidente da República, Alckmin vai comandar reuniões em Brasília com empresários da indústria, pela amanhã, e com integrantes do agronegócio, à tarde.
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Geraldo Alckmin e Lula
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A escolha de Alckmin para liderar as primeiras conversas com o empresariado, segundo apurou a coluna, se deve à boa relação do vice com o setor empresarial, mantida desde a época em que ele foi governador de São Paulo.
Fontes do Palácio do Planalto também afirmam que Lula escalou Alckmin para que o vice se aproxime ainda mais dos empresário e sirva como interlocutor do governo junto ao segmento nas eleições de 2026.
Nesse cenário, Alckmin ainda disputaria a narrativa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também marcou reunião com empresários sobre o tarifaço na terça-feira.
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Contra-ataque dos ministros
Com Alckmin focado no debate com os empresários, outros ministros do governo foram escalados para uma ofensiva estratégica junto à mídia norte-americana em resposta à ameaça de Trump.
Como parte dessa estratégia, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, publicou um artigo no jornal americano The New York Times na segunda-feira (14/7).
No artigo, Messias critica a aplicação do tarifaço por Trump como um instrumento de pressão política. O ministro aponta no texto que “as tarifas não podem ser usadas para interferir em processos democráticos” de outros países.