MAIS

    Zelensky indica novo ministro da Defesa e amplia produção militar

    Por

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta quarta-feira (16/7) a indicação de Denys Shmyhal como novo ministro da Defesa do país e anunciou que deseja ampliar sua produção militar em até 50%. A nomeação ocorre horas após o Parlamento ucraniano, a Verkhovna Rada, aceitar formalmente a renúncia de Shmyhal como primeiro-ministro e dissolver o governo, abrindo caminho para uma reforma ministerial.

    A votação que aprovou a saída de Shmyhal do cargo de premiê teve 261 votos favoráveis e nenhum contrário, agora a proposta será agora analisada pelos parlamentares.

    Desejo de ampliar produção bélica

    Zelensky destacou que o Ministério da Defesa passará a comandar também setores industriais estratégicos, numa tentativa de ampliar a produção militar ucraniana em meio à guerra contra a Rússia.

    Segundo o presidente, a meta do novo governo é ambiciosa: atingir o patamar de 50% de armas de fabricação nacional usadas na linha de frente nos próximos seis meses.

    “As armas ucranianas já representam quase 40% do que está sendo utilizado em nossas frentes e operações. Esse volume é o maior desde nossa independência, mas precisamos de ainda mais”, afirmou Zelensky.

    “Precisamos empurrar a guerra de volta para o território russo — para que eles sintam o que fizeram”, completou, em referência à recusa de Vladimir Putin em aceitar um cessar-fogo ou discutir uma paz duradoura.

    Além de Shmyhal na Defesa, Zelensky nomeou Herman Smetanin como chefe da Ukroboronprom, conglomerado estatal responsável pela produção de armamentos.

    Tal mudança reflete a aposta do governo ucraniano em formular uma estratégia de autossuficiência bélica para sustentar o esforço de um conflito extremamento prolongado — que perdura há três anos — , diante da dependência cada vez menor de fornecimento externo.

    Leia também

    7 imagensConselheiro americano pressiona Zelensky a aceitar acordo de minerais Trump chama Zelensky de 'ditador' e alerta sobre perda da UcrâniaFechar modal.1 de 7

    2 de 7

    Reprodução3 de 7

    Reprodução/Redes sociais4 de 7

    Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images5 de 7

    Conselheiro americano pressiona Zelensky a aceitar acordo de minerais

    Viktor Kovalchuk/Global Images Ukraine via Getty Images6 de 7

    Trump chama Zelensky de ‘ditador’ e alerta sobre perda da Ucrânia

    EFE/EPA/UKRAINE PRESIDENTIAL PRESS SERVICE
    7 de 7

    Denys Shmygal novo ministro da defesa da Ucrânia

    Divulgação

    Dependência militar nos EUA

    No início de julho, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, suspendeu o envio de alguns tipos de armas a Kiev, alegando preocupação seus próprios estoques de munição.

    O anúncio ocorreu em meio à intensificação dos ataques russos contra a Ucrânia.

    À época, o Kremlin chegou a comemorar a decisão norte-americana, com seu porta-voz, Dmitry Peskov, declarando que “quanto menor o número de armas entregues à Ucrânia, mais próximo estará o fim da operação militar especial”.

    Dias depois, após ligações com ambos os líderes envolvidos no conflito europeu, o ucraniano Volodymyr Zelensky e o presidente russo, Vladimir Putin, Trump voltou atrás na sua decisão, reestabelecendo o envio de armamentos à Ucrânia.