A divulgação pela Polícia Federal dos áudios de Jair Bolsonaro com os filhos e o pastor Silas Malafaia na noite desta quarta-feira veio a calhar para o governo.
O dia começou com uma derrota para o Palácio do Planalto com a oposição dando um olé em Lula, Davi Alcolumbre e Hugo Motta e nomeando o presidente e o relator da CPI do INSS. Ambos bolsonaristas de carteirinha e defensores do impeachment de Alexandre de Moraes. Teve dancinha, punhos erguidos, alvoroço.
Mas… aos dois minutos do segundo tempo, a Polícia Federal mudou o assunto ao expor áudios mostrando que Bolsonaro fala mal do filho, que fala mal de todo mundo e que é mal falado por Malafaia. Os três só concordam nos ataques a Alexandre de Moraes, que enquadrou todos na trama golpista.
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A agenda política do país terá a partir de hoje dois assuntos. As conversas de Bolsonaro e a CPMI do INSS.
Nem bem foi instalada e a oposição já mostrou seu alvo ao mirar no irmão do presidente Lula e no ex-ministro Carlos Lupi. Frei Chico é diretor do Sindinap, um dos sindicatos investigados no esquema de roubo dos aposentados do INSS. Contra ele, nao há nada que se saiba, mas o hiperfoco da oposição está em encontrar.
Quando a CPI estiver esquentando, começa o julgamento de Bolsonaro. Um tema vai dividir a tela com o outro. Será chumbo trocado. A diferença é que na série Bolsonaro já se sabe o último capítulo. Enquanto que a CPMI segue a máxima de todo mundo sabe como começa, mas não sabe como termina.