A atriz e apresentadora Fernanda Lima falou sobre seu maior desafio ao entrar na menopausa: a perda de libido. Segundo ela, o sintoma impactou o casamento com Rodrigo Hilbert. “O mais chocante da menopausa, pra mim, foi perder a libido. Não ter vontade de transar é um negócio que me afeta. Me afetou como mulher e afetou de alguma maneira meu casamento”, revelou, em entrevista ao Fantástico no último domingo (17/8).
Leia também
-
Fernanda Lima revela fator que impactou o sexo com Rodrigo Hilbert
-
Demi e Joe Jonas: é possível ser amigo do ex? Especialista dá dicas
-
Efeito glow: médica revela se o sexo realmente faz bem para a pele
-
Dicionário da não monogamia: 19 termos para conhecer esse universo
A apresentadora ainda brincou: “Desculpa você que ‘tá’ em casa, mas dizer ‘não’ para o Rodrigo Hilbert é uma responsabilidade enorme.”
De que forma a menopausa pode afetar a dinâmica sexual de um relacionamento?
Fernanda Lima
A experiência da apresentadora não é única (só o caso de ser com o Rodrigo Hilbert), afinal, muitas mulheres lidam com a perda de libido. A ginecologista Beatriz Tupinambá aponta que quando os hormônios começam a oscilar — estradiol, progesterona e até mesmo a testosterona — não é só o corpo da mulher que sente.
“É fundamental entender que isso não é falta de amor, nem desinteresse pelo parceiro. Trata-se de uma alteração biológica, concreta e específica, que precisa ser olhada com atenção e cuidado”, acrescenta.
A ginecologista ainda reforça que, no aspecto emocional, o climatério e a menopausa também são períodos de redescoberta e de reinvenção.
Beatriz salienta que, dentro dessas mudanças, por vezes o parceiro não compreende e pode interpretar como rejeição. Isso gera ainda mais afastamento, bloqueios e até conflitos no relacionamento.
5 imagens
Fechar modal.
1 de 5
O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
Getty Images2 de 5
Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
Getty Images3 de 5
O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
Getty Images4 de 5
É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
Getty Images5 de 5
No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
Getty Images
“É importantíssimo reforçar: a menopausa não significa o fim da sexualidade, muito pelo contrário. Com informação, conhecimento e os ajustes adequados, é possível viver uma fase íntima mais plena, madura e até melhor do que antes”, reforça.
Como as parcerias podem lidar juntos com essas mudanças?
A especialista acrescenta que o diálogo é, de fato, o primeiro e mais importante passo. Na maioria dos casos, porém, ele não é suficiente por si só. “Usando como exemplo a Fernanda e o Rodrigo, um casal frequentemente visto como símbolo de parceria e cumplicidade: o segredo não está em negar as mudanças, e sim em enfrentá-las juntos, com diálogo e espaço para acolher o outro.”
Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima
“Mais que conversar, é essencial agir, buscar apoio médico especializado, porque sintomas como secura vaginal, dor, insônia e irritabilidade têm causas biológicas concretas — e existem tratamentos eficazes para isso”, acrescenta.
A ginecologista salienta que só é possível resolver os problemas quando se escolhe encará-los com seriedade. E que a menopausa não é o fim da vida sexual, muito pelo contrário.
“Reinventar a intimidade significa, muitas vezes, ir além da penetração. O sexo pode (e deve) envolver mais toque, mais sensualidade, mais conexão. É preciso ouvir mais, se conectarem mais, e enfrentarem juntos essa fase. E, sim, às vezes, contar com o suporte de um profissional especializado faz toda a diferença”, encerra Beatriz.